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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

28/05/2016

Minha ausência: Gostaria que os amigos lessem

















Minha ausência
Gostaria muito que meus amigos lessem...
Hoje estou estudando, faço Licenciatura em Português/ Inglês, isso significa que se, Deus assim permitir daqui a dois anos e meio estarei ministrando aulas. Bem, ainda não sei nada sobre isso e não me envergonho por cometer erros grosseiros tanto na minha comunicação oral quanto na escrita, creio que é normal, pois ainda estou aprendendo. É possível que neste mesmo texto ao qual estou escrevendo tenha inúmeros erros gramaticais, de concordância, acentuação entre outros, mas é questão de tempo para que eu posso dominar com eficiência ao que estou me propondo fazer e um dia não muito distante, garanto, pois estou me esforçando muito, vou me graduar e terei em mãos um sonho que não me atrevi a sonha porem ele me sonhou desde sempre.
Nunca sonhei em lecionar, embora já o tivesse feito sem me dar conta. Ainda era criança, tinha apenas onze anos quando a pedido de um tio meu, fui passar um tempo em sua casa para que eu pudesse alfabetizar algumas crianças que não tinham de forma alguma como aprender, pois, a escola mais próxima ficava na cidade (Presidente Jânio Quadros) a muitos quilômetros de distância para a maioria deles. Assim dos onze aos quatorze anos me tornei professora. Eu era uma criança adorada por outras crianças que estavam felizes ´por estarem aprendendo a assinar o nome, vinham de longe, de suas fazendas, montados a cavalo em jumentinhos a pé e com seus embornalzinhos onde continha um caderno um lápis e uma borracha. Os pais deles me adoravam, me presenteavam com bolos e biscoitos estavam satisfeitos por verem os filhos aprendendo a ler e escrever. Tínhamos aula também a noite para os adultos que trabalhavam na roça o dia todo, mas a noite estavam lá sob a luz das lamparinas tentando desenhar as letras. Alguns aprenderam e inclusive até me enviavam cartas depois que vim embora. Acho incrível que ainda é quase impossível distinguir as letras deles da minha.
Enide Santos 28-05-16