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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

05/03/2013

aaa

A dor na pele é na pele de cada um

Singular, vamos dizer assim.

O som do chorar é particular

Dor dupla

Por doer e por ouvir o som do gemer

Lágrimas nunca são iguais

Podem parecer, mas não...!

São individuais.

Sentimentos...

Pensamentos...

Temores...

Nomes iguais para todos os mortais

Mas são todos individuais.

Então...?

Como uma vida pode tocar outra?

Como dividir com outro “ser” sua dor?

O outro quando ama não poder dividir

Mas entende o seu sentir

Porque também está sozinho em seu existir

Só, sem divisão...

Está é a nossa missão.

Enide Santos 26/02/13