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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

13/02/2015

Ah, Bragi tem piedade de mim!

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Ah, Bragi tem piedade de mim

arranca-me estas palavras

que tanto me consomem

e que não as consigo exprimir!

 

Ah,estes ditos!

Que não sei se são bem ou mal ditos.

Sei que estando em mim são sofridos.

 

Estes versos, verbos ou abscessos.

que se constroem sem expressão

desejando de mim total atenção.

 

Esta necessidade de gratidão

De ser um lema, um tema uma canção

De entoar na boca as batidas do coração.

 

Oh, deus da sabedoria!

Pai do encantamento da poesia

Invoca em mim a inspiração

Alivia-me desta sofreguidão.

 

Enide Santos 03/02/15

05/02/2015

Noite de solidão desejável

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Toma-me, ó noite de solidão desejável,

Deita-me em teu solo sagrado

Leva-me onde posso ouvir os teus passos

 

Desaninhe de mim os meus ascos.

Deixe os lamentos do dia passado

Desprender-se do meu corpo cansado

 

Ó noite de solidão desejável

De suas horas sinto-me furtado

Pois a claridade já rompe os prados.

 

Há ainda na sarjeta sonhos empilhado

E minhas dores ainda precisam de emplastro

 

Ó noite de solidão desejável

Dure mais um pouco

Deixe-me recolher os meus cacos.

 

Enide Santos 05/02/15

Triste

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Todo o corpo frio

Apenas na face

O sol se poe

Um pouco por vez

 

Rouba o brilho do mar

E nesta forma agora

O vento pode levar

 

Corpo agora vazio

Vestido de tempo

Enroupado de rio

 

Segue seu curso

Rompe seus muros

Deságua seguro

 

Enide Santos 05/02/15

Releitura:

O corpo frio de tristeza e em sua face sente o calor como o do sol em forma de lágrima que por sua vez são gotas como as do mar leves para que o vento possa levar.

Sentimento de perda ainda prossegue, mas agora assume uma postura como a do rio, apenas segue

04/02/2015

E esta fome não sacia

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Sente não ter direito

Ao menos a lagrimejar

Condenando-se pelos erros

Que em sua vida ousa causar.

 

Pobre desamparado

Do amor de si mesmo

Agora esmola a sorte

De um instante de sossego

 

Nas ruas vazias da noite

Busca por sua solidão

Pois em sua cabeça

Sons, ruídos e confusão

 

Pobre desesperado

Que a muitos magoou

Pelas drogas fora condenado

A desistir de seu amor.

 

Perdeu tudo que tinha

Vendeu tudo que conquistou

E esta fome não sacia

Tem piedade, senhor!

 

Enide Santos 04/02/15

27/01/2015

Fim de uma saudade.

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Sangrando e calada

Ao lado, sua mala.

De mãos postas clamando

Gemendo e chorando.

 

Absoluta em antigas horas

Agora, apoia-se ao chão

Insistente implora.

Um tiquinho de compaixão.

 

E no rastro da morte

Dolorosa é sua sorte

Aguardando consumação

Eis ai, uma saudade em vão.

 

Enide Santos 27/01/15

24/01/2015

Pode até gostar

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O pássaro pode não gostar,

do céu que tem para voar.

Pode não gostar,

do som que faz ao cantar.

E voa e canta.

 

A flor pode não gostar

da sua cor ou do solo em que está.

Pode não gostar de o sol a tocar.

de a chuva a molhar.

E perfuma e encanta.

 

A água pode querer aquietar-se.

pode não gostar de espelhar.

Pode ser que não queira se ver

Não queira se exalar se libertar.

Talvez prefira ser contida.

E molha e evapora.

 

Ele pode não gostar dele.

Pode não gostar de forjar dias,

e bramir com noites.

Pode não gostar de rasurar a vida,

Mas mora nela e a edifica.

E dorme e acorda.

 

Enide Santos 25/01/15

Não me impeças de chorar

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Não me impeças de chora

Chorar não é sinônimo de fraqueza

Sinônimo de fraqueza é covardia.

E nesta guerra diária que luto dentro de mim

 

Apenas o choro é meu refúgio

Não me impeças de chorar

Porque tenho a coragem de saber de minhas fraquezas

E que na busca para vencê-las

Danifico parte de minha alma

E só com lágrimas posso purifica-la

 

Nem se atreva a tentar me impedir de chorar

Porque és tu que não suportas

Ser a fonte de este meu prantear.

Não me iniba...

Não me detenhas...

Apenas observe e absorva.

Como uma faz uma fera para se recuperar.

 

Enide Santos 24/01/15

11/01/2015

É preciso aprender ser só

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É preciso aprender

Ser só

Estar só

Não é o que queremos

Não é o que sonhamos

Mas se temos que passar por isso

Então façamos ser da melhor forma possível.

 

Em meus dias de ilha

Em tempos repletos de abismos

Visto a minha fragilidade do avesso

Para que a vida retorne aos meus olhos

Isso com muita sutileza

Para não ferir meu silêncio.

Careço também dele

Mas demarco fronteiras

 

Enclausuro a dor em lembranças.

E na brusquidão destes dias

Dou-me o direito de ser imensidão

Dou-me o direito der ser fenda

Para que escoe de mim

A aversão que sinto pela solidão.

 

Enide Santos 01/01/15

Para: Unknown

Epístola – 20

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São Paulo, 11 de janeiro de 2015.

Fragmentos de mim

A primeira vez que nos possuímos, foi uma experiência incrível.

Incrível mesmo, pois você não sabia, mas estava realizando alguns dos sonhos a muito desejados por mim, é por isso que faço questão que saiba o quanto fora importante.

Desde que nos conhecemos eu percebi que poderia mesmo realizar sonhos.

Poder amar você já era a realização de um sonho.

Descobri que você possui a mesma estatura que o homem dos meus sonhos.

Que os encaixes de seus braços moldam meu corpo com perfeição, idêntica aos dele.

Você exibe o mesmo tom de voz, a mesma textura na pele, o mesmo fascínio em locomover-se, a mesma forma de me olhar, banha meu corpo fitando-me.

O meu lugar preferido de todo o mundo, pertence ao homem dos meus sonhos.

É um lugar aconchegante onde me sinto protegida tanto o corpo como a alma,

e você é portador de algo semelhante.

Ao tocar-te, beijar-te, olhar-te a mesma sensação me toma o ar, igualzinho, igualzinho ao homem do meu sonhar.

Há um oásis em minha realidade que difere o meu desejo de sonhar.

Como pode na realidade não me amar, se em meus sonhos sou eu quem lhe toma o ar?

 

Enide Santos 11/01/15

04/01/2015

Do coração da poesia

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É do coração da poesia

Que ouço os mais belos gritos.

E dos seus segredos

Colho pequenos viscos.

 

Há um oásis no tempo

Em que o verso se cria

E desta fonte de redenção

Despe-se o sentir da emoção

 

Toma-me, ó dor de poesia,

Inflama-me o corpo

Revista-o,

Soterra-o de amor.

 

Debulha este meu sofrer

Deixe-me em teus braços enternecer.

Doa-me seus rios

Infeste em mim seus brios

 

Empresta-me a tua cor

O teu semblante

O teu olor.

Resgata-me desta ilha

 

Regozija o meu falar

Apure o meu paladar.

Deixe o teu coração, ó poesia!

Com o meu orar.

 

Enide Santos 04/01/15

27/12/2014

Foi só o sentimento que vazou

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Desculpe-me...

Por este meu suspiro forte...

Por minha voz embargar...

Por meu corpo tremer...

Minha mão transpirar.

 

Perdoe esta minha saudade,

Que tanta força faz pra te chamar.

Banha-me de silêncio

Para apenas o pensamento exaltar.

 

Absolva este meu desejo veemente

Que por vezes, é vil e imprudente.

Que rasga as paredes de o meu ser

E o teu corpo, o tempo todo quer ter.

 

Atenue, alivie, amenize

Não foi por querer

Foi o sentimento que vazou

Procurando por você.

 

Enide Santos 2712/14

21/12/2014

Meu primeiro refúgio

Feliz aniversário Minha MAMÃE

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Meu primeiro refúgio

Minha perfeita morada

Diante dos teus olhos

Principiei a caminhada

 

Sua voz ainda é música

Ecoa dentro de mim

Ah, minha mãe querida!

Não entendo porque cresci

 

Ainda sinto o murmurar

De a minha infância te chamar

E nas minhas noites de medo...

Sinto teus passos, sua forma de respirar.

 

Vestes tu com elegância

O destino que Deus a encarregou

E como mãe és primorosa

Pra cada filho doou seu calor

 

Por todas as horas de tua vida

Que a minha dedicou

Agradeço-te dama de minha vida

Venero-te com todo meu amor.

 

Minha doce rainha

Meu templo de perfeição

Ampara-me

Proteja-me

Embala-me

Esconda-me no teu ventre

E nunca...

Nunca me abandone

Mãezinha do meu coração.

 

Enide Santos 20/12/14

09/12/2014

Peleja com a saudade

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Quase insuportável

Hoje ela esta

Tenta devora-me

Arrisca devorar-se

Ajeita-se

Enfeita-se

E me chama pra peleja.

 

Ah, como é bom confronta-la!

Fazer pilera

De suas mazelas.

E nessa luta

De rusga tão muda

Seu grito em mim é infinito.

 

Ah, esta saudade enfim!

Gosta de se manter assim

Intensa e sádica

Aflorando ate na hora

Que teus braços embrulham-se em mim.

Ah, saudade deixa de munganga,

E vai embora daqui.

 

Enide Santos 03/12/14

05/12/2014

Quando te amo

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Quando falo em você...

Todas as lacunas em minha vida

Tendem a desaparecer

Não me contenho e choro, choro de prazer.

 

Quando penso em você...

Emudeço, cresço,enrijeço.

Sinto-me ser...

O ventre de todo amanhecer.

 

Quando te sonho...

Trago-te em minha pele

E o peso da tua boca

Na realidade é leve.

 

Ah, quando digo o teu nome...!

O ar que vem de mim

Soa como uma oração.

Vem replicando repleto de gratidão.

 

Quando te amo...

Regresso devagar

De onde só se conhece

Amando.

 

Enide Santos 05/12/14

26/11/2014

Apenas eu e você.

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Apenas eu e você,

Nada mais havia

Exceto esta fotografia...

 

No escuro seu contorno me dizia:

Olha em torno sinta esta magia!

E quando não mais juntos estivermos

Guarde na lembrança este momento terno.

Ah! Sua voz estava tão doce e macia

E o teu braço com ternura me envolvia

E com o outro apontava a bela fotografia.

 

Olhe bem para lá,

Lembre-se do brilho de cada lugar

(Piripa, Cordeiro, Condeúba e Jânio)

E quando não for mais este momento

Volte para cá, onde nos dois

Para sempre vamos estar.

 

Guarde na lembrança

Nunca o deixe se esgotar.

Esta é a maneira

De nunca nos separar.

 

O melhor momento de minha vida

Faz-me chorar

Ele aponta para onde jamais quero estar.

 

Enide Santos 26/11/14

A poesia que fala de ti

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A poesia que eu teria pra te dizer

dorme dentro de mim

aconchegada a você.

 

Dela não ouço gritos

sinto alguns toques

pequenos bramidos.

 

A poesia que fala de ti

que exprime meu amor

que traduz o meu sentir.

 

Esta sonhando agora

Aperfeiçoando-se por hora

desejando existir.

 

Enide Santos 26/11/14

22/11/2014

Livre arbítrio

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Como posso ser o que nunca fui?

Descrever o que sentir, sem o ser?

 

Queria eu ser a sensação

Da folha ao tocar no chão.

Também queria ser o chão

E dar-lhe majestosa recepção.

 

O som do trovão queria eu ser

E ecoar mostrando poder

E da noite ser a mão

Para a aurora dar proteção.

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antas e tantas coisas queria eu ser.

Ser o silencio que só no ventre do vento há.

A distância que cada gota na chuva se dá.

Ser o burburinho na vida do ar.

 

Querendo ser sou.

Sou a musica que invento

E digo que quem gosta é o tempo.

Sou a sede da hora

E com ela domo minha história.

 

Sou a morte do grito

O fim de seu rito

Sou a fome a sede da vida

Sou o punho cerrado

Do livre arbítrio.

Eu sou um mito.

 

Sou poeta

E querendo ser

Eu sou.

 

Enide Santos 22/11/14

08/11/2014

Tô capinando a minha sina


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Tô capinando a minha sina,

fazendo nela,

minha obra prima.


 

Tô derribando aqui e ali

Vou abrindo brechas para sair.


 

Tô carpindo esta insígnia

levando dela,

tudo que a abomina.


 

Tô roçando esta ingrata,

ateando fogo nas suas falhas.


 

Tô abatendo este destino

que não me enobrece

e não me define.


 

Aceite desígnio

não guerreie enfim

visto que, sou dona de mim.


 

Enide Santos 08/0/11/14

06/11/2014

De qual lembrança?

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De qual lembrança vem este som,

que não consigo reconhecer?

Remete-me a algo,

outro tempo,

outro espaço.

Não sei qual,

não sei onde.

Sei que saiu do meu corpo,

habito outra dimensão.

 

Lá onde recolho saudades,

e planto gratidão.

Lá posso voar,

dançar como se chuva fosse.

E das lamurias sofridas que ouço,

Faço vento, para planar.

 

Sou pedra,

montanha,

encostas do mar.

Sou lua

Estrada,

E a força de um cantar

Aquele que ouço

Mas não consigo identificar.

 

Enide Santos 07/11/14

29/10/2014

Eu e meus quarenta e seis anos.

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Nossa!

O que me segura ainda aqui nesta vida?

Eu descobri que posso criar sonhos.

Que posso ter uma plantação infinita deles.

Sei que se depois que eu fizer de tudo para realizar qualquer um deles não der certo, eu tenho muitos e muitos outros.

Não somente para mim, mas para outras pessoas que queiram uma semente.

Isso me fornece vida, me fornece o desejo de seguir em frente, sem ter a obrigação de nunca desistir de um sonho, sei que pode parecer errado dizer isso, pois quase todas as pessoas que conheço aconselham-me ao contrario, para que eu nunca desista dos meus sonhos. Se ele estiver me matando ao invés de me dar vida, sinto muito, tenho outros sonhos pra realizar.

Bom, eu faço assim e gosto disso, pois tenho sempre alguma atividade, umas vão bem outras nem tanto, e assim vou me alimentando desta vida.

Vou provando sabores diferentes de sonhos diferentes, não sei para onde e nem para que.

Sei que quero mesmo é viver.

E como esta sede de vida faz muito bem para mim eu adoraria que outras pessoas pudessem entender que não há necessidade de ficarmos presos a nenhum paradigma.

Nós fazemos os nossos dias e usamos os nossos sentimentos e também usamos o nosso coração, plantando nele bons sonhos não apenas para nós, mas para as pessoas que nós cercam vivemos melhor quando conseguimos fazer com que a nossa parte boa supere a nossa parte não tão boa assim.

O sentimento de dignidade é impagável é o melhor de todos eles, a meu ver.

Quando você é digno com você

Digno com o outro

Digno com Deus.

Nada supera, nem mesmo o amor.

Está sou eu agora com quarenta e seis anos, apaixonada pela vida, pela poesia

Pelos meus familiares e amigos pelo e De que é a minha luz.

Tudo isso sendo guiada pelas mãos de Deus.

Obrigada sempre a cada um que faz parte de minha vida, que durante este ano encheram minha vida de muitas alegrias e de muitas palavras de carinho e amor eu adoraria poder citar o nome de cada um tanto em casa como no face e também nos sites onde levo minhas letras. Eu sou pequena, mas o meu Deus é grande e pode levar a cada um sonho realizável.

Obrigada e felicidades a todos por tudo.

 

Enide Santos 30/10/14

21/10/2014

Chove por mim os teus olhos

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Chove por mim os teus olhos

Abusando do instante que te dou

Retrata o teu espírito

E com ele todo teu amor

 

Delineando tua face

Expõe-se a gota da dor

Entoando com arte

Reverencia-se ao observador.

 

O cheiro do teu sentimento

Exibe-se todo enfim

E o gosto de teu pensamento

Impregna-se em mim.

 

Chove por mim os teus olhos

Furtando-me o mundo em que estou

Deixa-me repleto da culpa

Pôr por ti não ter amor.

 

Enide Santos 21/10/14

07/10/2014

Houve uma noite

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Houve uma noite

em que toda a coragem

de mim se apossou.

E em minhas retinas

podia se ver

o mais puro furor.

 

Em mim bradavam-se gritos e gemidos

como os que bradam numa flor.

Vestidos de silencio

mas que o eterno alcançou.

 

E das veias desta minha existência

recolhidas nas essências

o meu ego brotou.

Emergiu-se em fim

se rasgando de mim

o profundo deixou.

 

Houve uma noite

que não mais vou esquecer

Rompeu-se o enigma

de o meu inteiro poder.

 

Houve a noite em que pude me ver.

 

Enide Santos 07/10/14

27/09/2014

Sou portadora da mais insana das almas

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E nos jardins da vida

Onde o tempo faz morada

Caminha minha alma

Insana e ousada

 

Debochada aventureira

Sobre as horas se escancara

Perfuma seus encantos

Com orvalhos da madrugada.

 

Do espírito das coisas

Alimenta seu destino

E se suja dos beijos

Dos pecados clandestinos

 

Dorme com a dor

Com a saudade tem um caso.

Veste-se a rigor

E com a luz da seu recado.

 

Insana pela vida

É a minha alma

Esgarçada ferida

Feliz por ser culpada.

 

Enide Santos 27/09/14

24/09/2014

Sozinha contigo

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Esconda-me em teus braços

Só enquanto este amor me queima.

Mantenha-me em teu olhar

Só pra que eu possa respirar.

Ata-me ao teu coração,

Para que eu não me perca nesta devastação.

Monitore meus sentidos,

Encarecidamente...

Não me deixe sozinha contigo.

Não se vá

Tente ficar

Não durma.

 

Enide Santos 24/09/14

21/09/2014

Epístola- 19

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Fragmentos de mim

 

Regressando do amor...

Uma bagagem pesada repleta de dores e de saudades, farto de emoções e ilusões.

Dormi tantos dias com teu amor aquietado ao meu coração.

E em tantos outros quando acordava, sorria, sabia que era por você que aflorava a minha paixão, e ao me deparar com o dia em que todas suas horas estão vagas de ti.

Ah! Meu Deus talvez fosse mais fácil apenas dormir e dormir.

Agora a noite repousa em meu peito, dosa de instantes vagos os meus sonhos.

Resta-me acolher as dores das lembranças e das saudades que hão de perdurar sem pedir licença.Tenho agora a sensação do nada e poder do tudo ao meu dispor.

Mas estou frágil demais até mesmo para chorar porque sinto pesar por você não ver as minhas lágrimas, por não presenciar toda intensidade do que elas realmente significam, a elas não são dadas o devido valor. (Parece que o mar verte de mim).

Tenho que arrancar as raízes que estão presas a minha alma, sem ter o direito de fraquejar, e tenho a obrigação de aceitar que você simplesmente se vá.

Está intacto em mim o amor.

E nada mais sou agora que um vândalo exterminador.

Eu era amor e paixão

Agora sou aniquilação.

Recolho-me ao silêncio que se faz em mim.

E por todas as outras forças da natureza permaneço.

Hoje quando acordo ainda me vejo, ainda sou eu sem ti

Sou eu com todas as outras coisas do mundo que não substituem você.

Mas sou eu com todas as outras coisas regressando do amor.

 

Enide Santos 21/09/14

19/09/2014

Qual a melhor cor?

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Qual a melhor cor,

Para hoje, vestir a minha alma?

Qual o melhor tom,

Para que possa traduzir a minha talha?

 

De onde posso extrair a melhor impressão

para fundi-la à minha paixão?

Que aparência deve ter,

O exímio momento quando penso em você?

 

Como colorir,

Cada emoção?

Como matizar,

Cada sensação?

 

Que coloração deve alcançar,

O contentamento de poder te amar?

Que tonalidade tiro de mim,

Quando tudo que almejo emana de ti?

 

Como maquilar minh’alma,

no exato tom

Que somente a ti retrate?

 

Enide Santos 19/09/14

18/09/2014

Adoeceu a noite

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Adoeceu a noite

preocupada a madrugada

recusa-se a se ir

prostra-se ao leito

e as trevas tenta persuadir

 

Assobiando uma cantiga

quer o amanhecer adormecer

leve, lenta e nua

sopra a alvorada

seu clamor em formosura.

 

Denotando soberba

rabisca o céu o alvorecer

de sua paleta extrai a cura

que sana o anoitecer.

 

Enide Santos 19/09/14

02/09/2014

Nos jardins da saudade

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Nos jardins da saudade

Colho pequenas flores de morte

Pequenos ramos de sorte

Por meio das folhas sagradas do amor

Entendo que sou eu, o lavrador.

 

Aqui, os ventos são plantados no chão,

Coloridos e assobiam uma canção.

São as flores do sol que exalam

O mais tênue perfume

 

E os brotos de noite

Lagrimam ritmos da primavera.

A classe dos sonhos

Embalam toda a atmosfera

 

Nos jardins da saudade

As ruas são feitas de pó

Tem veredas de dar dó

E a flor do mundo

Move-se em segredo

Recriando segundos

Com seus pequeninos dedos.

 

Aqui nos jardins da saudade

Há flores de todas as estações

Feitas de sombras e de ilusões

Bebem-se pequenos goles de felicidade

E fica-se longe da flor da realidade.

 

Enide Santos 02/09/14

28/08/2014

Lado a lado

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Nada que faço

Afasta de você

Este comiseração de outra querer.

 

Dou-te todo meu amor,

Ah, mas infelizmente.

Ela eu não sou!

 

Nada que faço

Consegue substituir

O sentimento que te faz existir.

 

Chega a ser pecado

Nos dois sofrendo

Lado a lado.

 

Enide Santos

16/08/2014

No vinculo da vida com a morte

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No vinculo da vida com a morte estou

Plena de ser e de poder

Dou-me o luxo de deixar acontecer.

 

Eu sou o medo da morte

Sou o sonho da vida

Sou o gosto da água

O sabor da salina

 

Eu sou o som que faz o rio

Entregando-se ao mar

Sou o coito das ondas

Que vive a terra molestar

 

Sou o cálido calor

Que se derrama do sol no ar

Sou a escura silhueta

Que define o luar

 

Sou a viagem dos sonhos

No momento de acordar

Eu sou a vida da morte.

Seu direito de ceifar.

 

Enide Santos 17/08/14

Desenhar pedacinhos de amanhã.

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Vamos libertar as palavras ancoradas no medo.

Criar partituras sem código, sem segredo.

E sobre seu corpo faremos poesia.

Sobre sua pele desenharemos alegria.

 

Vamos pintar no amanhã,

Confortos para cada hora.

Vestir-nos da força,

Que faz nascer à aurora.

 

Não é preciso ferir o hoje,

Com o punhal da vingança.

Agoniza-se já o agora,

E para o amanhã a esperança se aflora.

 

Vamos fazer flores de arvores perdidas.

Vamos gritar por cima da vida.

Vamos desnudar o nosso interior.

Vamos seguir o que nós ensinou,

O nosso Senhor

 

Vamos...?

Nós temos a tinta,

Nos, somos a tinta.

 

O nosso irmão,

É o nosso talismã.

É o papel do nosso amanhã.

 

Enide Santos 31/07/14

08/08/2014

Nada me aptece mais que morrer

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Nada me apetece mais que morrer.

Morrer...

Morrer de você.

Não vejo a vida

Não vejo flores

Não sei da luz

Não entendo o mar

Não uso o ar

Não vejo nada

 

Apenas sinto e sinto...

Sinto cor

Cor de pele

Cor de olhar

Cor de cabelo

Rubores de amar.


Nada me apetece mais que morrer.

 Morrer de você.

Ah, expirar instante por instante!

Ah, perder-me tantas e tantas vezes,

Sem querer me encontrar!

Ah! Deixe-me morrer,

Fenecer de tanto te amar.

 

Enide Santos 07/08/14

04/08/2014

Mãos que choram

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São as mãos quem guardam

o semblante da dor.

Envolvendo a face

Subordinando-se

ao mais profundo clamor.

 

São as mãos quem amparam

gota a gota a dor.

Afastando as lágrimas que nascem

como quem destrói o pavor.

 

São a mãos que anseiam

Atracar-se com a dor.

E unidas conclamam

misericórdia ao Senhor.

 

Enide Santos 05/08/14

03/08/2014

Preenchida

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Quero encher minhas mãos de você,

E ao mesmo tempo...

Quero minha boca cheia de você.

Simultaneamente...

Quero meu sexo cheio de você.

Também quero...

Minha vida cheinha de você.

 

Enide Santos 03/08/14

31/07/2014

O mundo é um canto sem lugar

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O mundo é um canto sem lugar,

Instala em si, alegrias, e tristezas tenta mudar.

Perde-se entre amores, e sonhos tema em si dar.

Enrola-se todo, tentado se encontrar.

Mundo, mundo...

Canto sem lugar.

 

Camufla-se em sombras,

E o coito das horas tenta mudar.

E planta-se em uma árvore,

E no voo dos pássaros, tenta se fundar.

Mundo, mundo...

Quina sem lugar.

 

No voo dos pássaros,

No banho que se dá o mar.

Abre e fecha portas, dorme e acorda,

Mas não encontra seu lugar.

Ah! Mundo, mundo...

Orbe sem lugar.

 

Caminho sem estrada.

Estrada sem luar,

E no som do vento,

Tenta se acoitar.

Mundo, mundo...

Lugar sem mundo

Mundo sem lugar.

 

Enide Santos 31/07/14

29/07/2014

Passageiro do nada

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Picotou-me o coração a vida.

E para sempre me quer assim.

Faz-me sentir não credora de mim.

Culpa-me por respirar,

E por não valorizar este ato de amar.

 

Rapinou-me a mente a morte,

Sem traumas me parou.

Debruçou-se sobre mim

E as chamas da vida,

Uma a uma de mim arrebatou.

 

Desfez-se de mim o tempo,

Que nem para a morte

Nem para a vida me entregou.

E sobre meu corpo, vivo morto.

O tempo se largou.

 

Enide Santos 30/10/14

27/07/2014

Túmulo do dia

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Cada noite é cada noite,

Uma a outra não tem.

Entrega-se ao dia

Enaltecendo-o, já que vem.

 

Agora, quase morta,

Ela ainda vem tatear.

Uma nesga de vida

Do dia tenta libar.

 

Quase, quase sem vida,

Ainda tenta imigrar.

Suspiros para o amanhecer,

Ainda lhe resta conceber.

 

Da sombra és a dona.

Do pecado és a redoma.

Da luz és a conclusão

Do dia és a anunciação.

 

Enide Santos 27/07/14

18/07/2014

Longe de mim, fenecer sem você.

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Não me eximirei de um instante.

Não desviarei um centímetro.

Não me moverei para lado algum.

Não farei esforço nenhum para esquecer-te.

Nada farei para eliminar esta dor que reside em mim.

É tudo que posso ter de você,

Tudo que tenho são minhas lembranças,

Sei que elas me fazem sofrer.

Ah! Mas, se eu não as tenho, de que vou viver?

Ou, o que de mim posso fazer?

Sei, sou negligente comigo mesma,

Não me importo se sou.

Sei que de mim ninguém,

Jamais tirara este amor.

Longe de mim, fenecer sem você.

 

Enide Santos 18/07/14

14/07/2014

Amor até o fim

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Ah, amor!

As estrelas já não me querem mais acalentar.

Já não me doam mais seu brilho.

Já não de ti me querem falar.

 

Ah, amor!

Porque até mesmo a distância

Já não me pode suportar.

Eu a atormento demais com meu lamento.

 

Ah, amor!

Ainda me resta tanto caminho

Para seguir sem teu amor.

Vou caminha-lo

E a cada passo.

Vou lamenta-lo.

E quando o fim chegar

Ainda vou te amar.

 

Enide Santos 14/07/14

10/07/2014

Epístola-18

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Fragmentos de mim

 

Ah, amor arranca de mim esta vida inútil,

Apenas me serve para chorar tua falta!

Ter que viver sem você é mesmo uma tortura.

Tenho que dormir e acordar, dormir e acordar.

Nada tem sentido, tudo é visco.

Nem meus lamentos chegam até você

Nem de minha dor você pode saber.

Ah, que vontade eu tenho de morrer!

Estou cansada de fingir alegria,

de me mostrar satisfeita por tudo que tenho.

Eu não tenho você.

Nunca posso estar com você.

Só sei da dor que sinto e tenho que fingir não sentir.

Ás vezes meu peito doe de tanto engolir o choro.

Não consigo aceitar, que esperei tanto tempo pra te conhecer,

Demorei uma vida toda para te encontrar,

E tenho que abrir mão deste amor.

Não sinto vontade de seguir em frente,

Já sabendo que não há nada mais lá.

Tudo que preciso tudo que quero esta com você, esta em você

Meu Deus como eu te amo!

Meu Deus como isso doe!

Que vontade tenho de arrancar de mim está vida.

Ai que saudade!

Ai que necessidade tenho de estar com você!

Desculpe-me as palavras pessimistas.

Não preciso fingir pra você e também não quero fazer isso.

Hoje estou fraca demais para fingir,

não se preocupe é apenas uma forma de buscar forças uma forma de desabafo.

Perdoe-me por amar você tanto e ter que dizer-lhe estas coisas.

Eu não sei até onde tudo isso vai.

Eu não sei.

Desculpe-me te amar tanto.

 

Enide Santos 10/07/14

09/07/2014

Dia do dia

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Queima a boca da noite

e vem da profundeza da terra.

Como tempestades de auroras

trazendo com sigo fulgurantes horas.

 

Com ele todos os seus sons,

gritos, ruídos e tons.

É do entrelaçar de seu tempo,

que a terra subsiste a contento.

 

O vale já doou suas sombras,

o céu gota a gota as toma.

É o alvorecer dançando a musica,

que faz a noite retroceder.

 

Vem, ele vem buscando ser sentido,

querendo ser no tempo repetido.

Como cada um de nós, bem assim,

ele não quer ver o seu fim.

 

Enide Santos 09/07/14

03/07/2014

Dona dor

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Então ela retorna

Novamente aflora

Tão grande foi

que ainda há eco sobre eco.

 

Ela regressa

como que quem é bem vinda,

chega se instala

e reflete a minha sina.

 

Dar-me a conhecer

o sonho de minha face

pois nela não posso reter

o sorriso que me apraze.

 

Densa e cretina

fornica com minha vida.

Expande as feridas

demonstrando-se infinda.

 

Então ela retorna

como a dona do poder.

Não se lembra do obvio

O amor tem mais poder.

 

Enide Santos 03/07/14

02/07/2014

Epístola - 17

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Fragmentos de mim

 

Eu te amo com toda a força de minha vida.

Eu te amo muito, não sei por que, não sei até quando só sei que amo.

Não sei o que faço sozinha aqui com todos estes sentimentos,

com todos estes ecos de palavras ditas apenas pelos pensamentos.

Não sei o que faço com está saudade que nunca se acaba.

Com este silêncio que chora, que lê, vive e quer morrer.

Já acordo sepultando vontades, derramado dentro do peito coragens.

Eu te sinto tão triste, mudo, submisso. E nada sei fazer para cuidar de você.

Fico quieta, calada tentando ser ao menos algum tipo de amparo caso você queira.

Por aqui as coisas não são fáceis também...

As coisas vão acontecendo eu vou levando-as, mas com você sempre aqui junto comigo o tempo todo, sonhos e mais sonhos, coisas que tenho para te dizer, coisas que queria dividir com você, mas digo para o tempo, falo sozinha como se alienada eu fosse.

Eu não sei o que acontece ai, sei que você demonstra que é preciso estar ai e que nunca vai poder estar aqui.

Eu só tenho duas escolhas:

Estar sem você ou ficar sem você.

Só te sonho quando você quer ser sonhado, nunca quando eu quero sonhar.

Eu vou estar aqui

Eu vou ficar aqui.

Amor meu.

 

Enide Santos 03/07/14

01/07/2014

Provando você

provando você

Hum!

Para começar

só com olhar.

Cada cantinho

vou espreitar.

 

Os lábios...

agora vou umedecer.

Pois o seu gostinho

Já vou absorver.

 

Gosto

de pele suada

Textura

de derme arrepiada

Até o som

é de enlouquecer.

Quando eu arranco

este gosto de você.

 

Humm! Só provando.

 

Enide Santos 01/07/14

29/06/2014

Coração empunhado

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Não há lágrimas que aniquilem

as magoas do desamor.

Porém acariciam a face

Serenando seu furor.

 

A paixão não da trégua

Grita, se esmera por mim.

É como um vício latente

mas que do fundo, quer emergir.

 

Com coração empunhado

sinto seu úmido calor.

Do pulsar agudo e fecundo

vaza-se mensagens de amor.

 

Abatida e desbotada

veste a dor, a sua cor.

Ainda geme em segredo

confortando “eu” o sofredor.

 

Enide Santos 29/06/14

23/06/2014

Eu sou poeta

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Momento de plena felicidade

É quando me sinto poeta.

Eu sou poeta.

Eu sou poeta.

Eu sou poeta.

E é a melhor coisa que sou, sendo para mim...

Não para ninguém, mas para mim.

Ser ou não boa poeta,

Isso fica para o amanhã.

Hoje EU SOU POETA.

Eu teço versos... Com meus sentimentos.

Roubo do ar... Momentos.

Solvo das pedras... Sentimentos.

Descubro paixão... Disfarçada de escuridão.

Eu sou poeta, que ri enquanto chora.

Que renasce a cada aurora.

Que risca em si a fonte de seu existir.

Eu fui poeta sem saber

Eu sou poeta por querer

E serei poeta depois que morrer.

 

Enide Santos 23/06/14

21/06/2014

Agora dói

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Agora dói acordar.

A razão pra me vivificar

Já não posso mais alcançar.

 

Abandono-me ás recordações.

Descuido-me das emoções

Penetro-me em pensamentos.

 

Agora dói respirar.

O ar que me visita,

Agora sai, como que pra te buscar.

 

Soluços, lágrimas, gemidos,

nada consome a dor

que me impõe este castigo.

 

Agora dói continuar.

É mesmo uma penitencia

Tentar deixar de te amar.

 

Enide Santos 22/06/14

Rua

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Rua...

Timidamente

embrulha-se de luar

Está guardando-se dos sons

que os ébrios ousam tocar

 

Logradouro...

Não conhece o mar

porque fica do lado de cá.

Mas envolve-se na areia

que vento tema em lhe dar.

 

Alameda...

Parque, praça, jardim.

Guardadora de passos

Ladra de sonhos

Acolhedora do abandono.

 

Enide Santos 21/06/14

13/06/2014

Epístola-16

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Fragmentos de mim


 

E as mãos dos sonhos ainda me roçam a pele.


Amparou-me com sua existência, ocupou meus pensamentos por muitas e muitas horas. Realizou sonhos meus e muitos outros me ofereceu.

Deu-me sonhos sim, e para realiza-los impregnou-me de vida.

Seu amor ensinou-me a não temer a saudade a não fugir dela, fez-me paciente e terna com minhas nostalgias, seu amor ajudou-me a saborear

cada fragmento do meu amar. Posso sentir o melhor de você em mim.


Hoje habitam sonhos e saudades nas lágrimas vivas que agora morrem de mim. Aprendi a andar no tempo, idas e voltas há lugares que somente meu pensamento é capaz de alcançar. As horas passam como tem que passar como sempre passaram, e eu? Prossigo sozinha dividindo minha vida com alguém muito mais frágil que eu, alguém que tenho que proteger a todo custo e a todo o momento, alguém de quem depende tudo que sou de onde emana a minha seiva.


Ah! Mas a minha solidão já não é mais a mesma, ela pressente um riso a vagar, sabe que por trás daquelas lágrimas está você e tudo que a tua presença deixou, agora a minha solidão é feita de recordação, cometida de espera e instigada por tão intenso amor.

Em muitos dos caminhos em mim, até mesmo desconhecidos por mim, você chegou, deixou marcas vivas que se rebelam exigindo tua presença.


Já me sangram as mãos, de tanto segurar as rédeas desta paixão.


Mas às horas vão devorando os meus sonhos e me vejo só, tendo que por fim em tudo menos em mim.


 

Enide Santos 14/06/14

12/06/2014

Use os meus beijos

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Use os meus beijos,

para se satisfazer.

Cada um com um sabor

todos dedicados a você.

 

Use os meus beijos,

abundantemente quentes,

Deliciosamente ardentes,

para encharcar-te de prazer.

 

Use-os molhados,

Utilize-os dedicados.

Busque novas texturas,

Aproveite-os com gula.

 

São nos meus beijos,

que encontrara,

toda a minha “fúria “

em possuir você.

 

Enide Santos 13/06/14