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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

12/06/2014

Use os meus beijos

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Use os meus beijos,

para se satisfazer.

Cada um com um sabor

todos dedicados a você.

 

Use os meus beijos,

abundantemente quentes,

Deliciosamente ardentes,

para encharcar-te de prazer.

 

Use-os molhados,

Utilize-os dedicados.

Busque novas texturas,

Aproveite-os com gula.

 

São nos meus beijos,

que encontrara,

toda a minha “fúria “

em possuir você.

 

Enide Santos 13/06/14

11/06/2014

Findou-se o sonho

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Não posso mesmo ter você.

Todos os sentidos estão mudos,

e aéreos ao meu ser.

 

É o fim de você em mim.

É chegada a hora,

de adeus ter que dizer.

 

As lágrimas já cheiram a tristeza,

da dor de te perder.

Então findou-se o sonho.

 

Não há mais nada...

Apenas o som do reboliço

que faz o amor para não deixar de existir.

 

Não posso mais ter este amor em mim,

É mesmo chegado o fim.

 

Enide Santos 11/06/14

28/05/2014

Sonho em flor

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Neste acúmulo de noites vazias e gritantes,

Só me restam as dores desta vida pedante.

Neste eco envolvente de sentirem e pedires;

 

Há um calabouço, fétido e escuro,

Negro como a dor do fim do mundo.

É lá, onde habita o mais profano sentir;

 

E a passos largos, vou me despindo de mim.

Vou me envolvendo neste mundo moribundo.

E dos seus fungos, e dos seus humos,

Farei brotar o meu mundo.

 

Enide Santos 28/05/14

26/05/2014

Face a face

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Encontrei-me perdida dentro de mim

Mágoas e feridas todas eu bani

Quem mais pode cuidar de mim, que não eu?

 

Descobri-me sofrida, sim!

Porém viva e querendo viver.

Não recuei.

Forjei meu escudo, lutei.

 

A vida se move dentro de mim

E em forma de rosa

Face a face

Ofertei-a pra mim.

 

Enide Santos 04/02/14

Que te custas, amor?

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Que te custas, amor?

Dar-me um pouco as tuas mãos;

Para acariciar-me a face, os cabelos e o coração.

 

Que te custas, amor?

Deixar-me deitar em teu peito;

Fazer do teu colo um leito;

E roubar de te, um pouco de cheiro.

 

Que te custas, amor?

Acalmar um tiquinho minha vida;

Soprar um bocadinho as feridas;

Fazer fugir este choro, este som de consumação.

 

Que te custas, amor?

Deixar pesar em minha tua boca;

Deixa-me roçar em ti, como louca;

Para acalmar está minha paixão.

 

Enide Santos 27/05/14

21/05/2014

Pernas ofegantes?

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Faça-te dono,

Sirva-se de meu ardor.

Não haverá dano,

basta devorar com amor.

 

Venha, traga-me este corpo,

que tanto me excita.

Ah, até perco o pudor!

Só em pensar na tua... Barriga.

 

Escorre de mim

Tanto e todo meu desejo.

Vem amor...

Reproduzir os meus beijos.

 

Pernas ofegantes?

Não, talvez não seja assim!

Devem ser os beijos,

que abriram-se pra ti!

 

Enide Santos 21/05/14

20/05/2014

Só sonhando

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Só mais um sonho

Um sonho delirante

É um mundo diferente,

no mundo que estou

 

Vejo tudo que quero de perto

Tem cheiro, tem sexo.

Solta gemidos de amor.

Tem pele, tem calor.

 

Busca minha boca,

me induz a flutuar.

E dá-me de presente,

sua sede de amar.

 

Ah, Meu sonho!

como é difícil acordar.

Fico aqui neste abandono,

Almejando te sonhar.

 

Enide Santos 20/04/14

19/05/2014

Viver para esquecer

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A primeira coisa que tenho a esquecer,

É está de vida,

De ter vida com você.

 

Outra coisa que também tenho pra esquecer,

Nesta coisa de vida, de você ser minha vida,

E sem você não poder viver.

 

Muita coisas terei a esquecer,

Esquecer que na vida que levo,

Levo a morte da vida que gostaria de ter.

 

A vida que em minha vida nasceu

Hoje não é mais minha vida,

Por isso em mim a vida morreu.

 

Enide Santos 19/05/14

16/05/2014

Humanamente ridícula


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Beijar o vento,

Jogar ao ar pensamento.


 

Sorrir de uma doce lembrança,

Enquanto que no rosto, a lágrima descansa.


 

Correr para os braços da solidão.

Para não dividir uma triste recordação.


 

Olhos parado vendo outro lugar,

Desejando  neste tocar.


 

Suspirar… suspirar apaixonado,

Procurando o perfume do amado.


 

Planejar e replanejar

Exatamente tudo que tem pra falar


 

O lugar mais próximo de você que posso estar,

É aqui...

Dentro de mim.


 

Enide Santos 16/05/14

11/05/2014

Fósseis de sonhos

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O eco que ouço da minha dor,

(re) bate nas paredes deste infindo vazio,

E por vezes deixa-me insana.

 

Prostro-me imóvel e ciente de;

Não poder tocar,

Não poder realizar,

E nem ao menos sonhar.

 

São fósseis dos grandes sonhos,

Caminhos do qual,

(in) voluntariamente desviei-me.

 

Posso sentir-me desaparecendo aos poucos.

Presa em cada devaneio desfeito,

Sequelas adornam minha alma.

 

E tento regurgitar-me de mim.

Neste instante, nada, nada sou.

Apenas um corpo, procurando por amor.

 

Enide Santos 11/05/14