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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

04/02/2014

A primeira vez

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A primeira vez que soube de você

Meu coração eriçou

No canto da boca um riso ficou

 

A primeira vez que quis você

Meu corpo todo alucinou

Este desejo jamais findou

 

A primeira vez que ouvi você

A eternidade descerrou

Seu eco, minha vida eternizou

 

A primeira vez que chorei por você

Meu mundo inteiro se rompeu

Por medo de não ter mais o teu.

 

Enide Santos 04/02/14

02/02/2014

Anos e anos

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Passaram-se os anos

 

Meu amor, em ti não chegou

Dias e noites te chamando

Mas o destino não se importou

 

Pactos com o sol

Diálogos com a lua

Nada me fez ser sua

 

Só o tempo notou meu sofrimento.

 

Enide Santos 02/02/14

 

Mote- Um para o outro

01/02/2014

Inativa

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Hoje, nada quero sentir.

Quero ficar inerte

Aqui mesmo sem sair.

 

Hoje nada quero ter

Quero ficar livre

Apenas pensando em você

 

Hoje a página ficara em branco


Sem rimas, sem versos sem sofrer.

 


Esvaindo-me sem ti (Mote)

 

Enide Santos 01/02/14

29/01/2014

Fresta da porta

© Martin Haburaj - From Bratislava, Slovakia

Oh! Sensação gloriosa

Ver-te pela fresta da porta

Quase me dá mais prazer

Do que se pudesse te ter

 

Ah! Este espaço pequeno

Propicia-me pensares obsceno

Momentos que aprisionarei

Para sempre em meu viver

 

Greta despudorada

Que de mim,

rouba madrugadas

E meus sonhos,

ousa invadir.

 

Abertura

Fenda ou vão.

Isso não importa

O que vejo lá dentro

É que me tira da razão.

 

Enide Santos 30/01/14

28/01/2014

Eu usei você

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Hoje eu usei você

E não me arrependo.

Fechei os olhos

E te busquei

 

Usei seu cheiro

Que eu mesma inventei

De você me embriaguei

 

Eu usei você

Me vesti de teus braços

Vivi

Durei

Existi

 

Porém a consciência

Não me deixa esquecer

Que você é apenas um desejo

Que só em sonhos posso te ter.

 

Mesmo entre lágrimas

Eu gostei e te usei.

 

Enide Santos 29/01/14

23/01/2014

Ah! Este soluço Que põe sal a minha face!

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Desculpe minha insanidade

Eu preciso chorar

Necessito lavar minha alma

E desta dor me libertar.

 

Ah! Este som

Que vem de dentro de mim

Rasga-me por dentro

Como se de tudo fosse fim.

 

Toma meu ar...

Bolhas temperadas

Nativa da madrugada

Ecoam no vazio que em mim há!

 

Ah! Este soluço

Que põe sal a minha face!

Lava-me

Limpe a minha alma.

Ensina-me viver

Com esta marca

De batalha.

 

Enide Santos 23/01/14

22/01/2014

Ah!! O amor

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Ah! O amor que nos faz sorri e também chorar.

Que nos faz gritar e também calar.

Ah!! Tão sonhado amor

Que brilha entre fantasias

Que dirige nossos dias.

Ah!! Amor...

Chama quente e ardente

Amor, amor, amor...

Inconsciente e indecente

Amor simples e penitente

Amor de gente e de serpente

Amor, amor, amor.

Amor que gera energia

Que cresce, cresce

Cresce a cada dia

Só finda ou recua

por outro amor.

Ah! Amor, amor.

 

Enide Santos 22/01/14

21/01/2014

Teatro da noite

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Teatro da noite apresenta:

 

Ela vai chegando

No tic-tac do relógio

Vai se aproximando.

 

Agora sim

Luzes apagadas!

No palco?

Frias e tristes estradas.

Vazias e empoeiradas.

Apenas soluços ecoam

O

que tem para além da estrada

exceto o dia e a noite que vem?

O que tem?

O que tem para calar o soluço da noite que vem?

 

No teatro da noite.

No palco da vida.

A noite mostra as feridas

Do amor que não tem.

 

No teatro da noite

No palco da vida

Estradas se cruzam

Soluços se misturam

 

Abre-se às cortinas

É o espetáculo da vida fazendo amor

Fecundando dia e noite.

Lavando a dor.

 

Enide Santos 21/01/14

19/01/2014

Tudo vai ser silêncio

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Tudo vai ser silêncio
E eu não consegui te encontrar.
Jaz um amor que não teve começo
não teve meio
não teve fim
teve apenas uma longa espera
que findou-se no silêncio de mim.
Enide Santos 19/01/14







16/01/2014

Agrida-me




















Agrida-me com palavras de amor
Diga que não quer a minha vida
Que de mim quer apenas ardor

Diga que sem mim
sua vida não tem valor.

Agrida-me...!

Agrida-me com o olhar
Me olhe, me amando
Demonstre que já mais vai me deixar.

Grite...!
Grite comigo
Faça sons, faça bramidos.
Amor...
Amor...
Grite em meus ouvidos
Grite eu não ligo.

Agrida-me até eu não mais aguentar
e deixar você me amar
Agrida-me ate não mais resistir
Agrida-me ate seu corpo chorar em mim.


Enide Santos 15/01/14