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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

12/07/2012

Rascunho meu companheiro


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Nunca se sabe que resultados virão de suas ações.

Por tanto, sempre procuro um tempo para me conhecer.

Ás vezes, fico um pouco assustada com meus pensamentos.

Alguns me fazem mal.

Sinto-me orgulhosa de mim, por lutar tanto contra eles

E fazer sobressair somente os melhores, não é fácil.

Nos momentos complicados de minha vida

Eu tenho que me virar sozinha, comigo mesma.

É ai que entra o rascunho meu companheiro.

Desabafo escrevendo somente, para tentar entender tudo que penso.

É como se falasse comigo mesma.

Eu mesma me acuso, eu mesma me absolvo.

Eu choro e eu mesma me acalento.

Sou fraca, sou forte.

Me deprimo com meus medos, mas  dou-me força.

Ás vezes, acredito ter personalidades diferentes.

Mas a que age no dia a dia, é simplesmente o equilíbrio das duas

EU

09/07/2012

Apanhando da vida

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Já se nasce apanhando,

É a primeira pancada que você recebe.

Abre os olhos e chora.

você é cuidado, lavado e amamentado.

É assim que tudo começa.

A partir daí, tem  que chorar para conseguir o que  precisa.

E a vida prossegue assim, sempre assim.

Depende de você, conquistar tudo que quer.

Você só tem o direito de chorar quando bebê.

Porque, depois que aprende a falar,

Também aprende a lutar.

Pois se a vida bate, aprenda a se defender.

Uma das armas mais poderosas para essa luta diária, é o amor.

Use com sabedoria, que jamais ficará sozinho.


Apanhando da vida.

02/07/2012

Ultima mamada



Você, foi arrebatada e de mim foi tirada.
Desfrutei do prazer de ficar com você, por um ano e três meses.
Ainda estava sendo amamentado e nem fui avisado que perderia você.
Sabe! Se eu soubesse que seria aquela a minha última mamada,
eu teria aproveitado mais e por mais tempo.
E talvez, eu não tivesse sentido tanto sua falta.
Ainda por muitos dias, eu procurei a mamada seguinte,
mas ela nunca mais veio.
Na verdade, no começo eu nem queria pegar.
Mas assim que aprendi, eu só queria mamar.
Enquanto eu mamava, era o seu rosto que eu admirava.
E aos poucos eu percebi, que enfim te conheci.
E crescia o meu amor.
Mas infelizmente.
Você foi arrebatada e de mim foi tirada.
Sem entender o que acontecia, só me restava chorar.
E chorava o tempo todo.
Queria poder fazer com que o som do meu chorar,
fosse uma fórmula mágica e você fosse buscar.
Mas quanto mais eu chorava, mais sentia sua falta.
E os dias se prolongavam e nada de retomar a
                                   minha mamada.

Reciclagem



Revirando o lixo da vida, descobri tesouros inacreditáveis.
Lágrimas, que eu achei que eram em vão.
Mas me trouxeram maturidade.
Sorrisos! Como a aparência engana, quando falamos de sorrisos.
A impressão é que sempre significa felicidade.
Mas não é bem assim.
Já ri de mim mesma, para não dar a oportunidade de rirem antes.
Durante algum tempo, usei isso como defesa.
Aprendi a reciclar as lágrimas e os sorrisos.
E o resto, é simplesmente Lixo.

01/07/2012

Perco procurando




Já estou me aproximando dos quarenta anos,
Os meus pensamentos mudaram muito.
E inacreditável como são mais loucos.
Tenho medo de tudo e tenho coragem pra tudo.
Eu sei que é difícil entender.
Os sons do mundo às vezes são reais.
Às vezes, são frutos da minha imaginação.
Meus sonhos mudam a cada dia, mas seguem a mesma direção.
Perco-me, procurando soluções para os problemas.
Começo ter longos diálogos comigo.
Percebo, que eu quero e preciso me sentir útil.
Tenho sede de aprender, para poder ensinar.
Tento sempre observar o melhor em tudo.
Acreditando que talvez, aprenda algo que venha a ser útil para mim ou para outros.
Procuro dentro da minha alma, alguma maneira de aliviar minha dor.
Sei que não sou forte como tento me convencer que sou.
Mas sei que tenho o poder de tentar e ás vezes me perco procurando.
                                                  

Sendo mãe




Eu procuro não desistir de nada.
Apenas escolhi o que é melhor para mim,
Eu escolhi ser mãe e tentei fazer o melhor.
Procurei tudo que pude, para ser uma boa mãe.
Foi sendo mãe, que peguei meu primeiro diploma.
Sendo mãe, eu fiz universidade da vida.
Aprendi e ensinei lições que a vida me impôs.
Foi sendo mãe, que aprendi a ser filha, a ser irmã.
Sendo mãe, percebi a diferença entre colega e amigo.
Hoje eu sei com certeza, que preciso aprender mais.
Muito mais e nunca será o suficiente.
Justamente por isso, que eu procuro nunca desistir.
Eu escolhi ser mãe e vou fazer o
                                                    Meu Melhor.

30/06/2012

Relógio




 Tic tac, tic tac.
O relógio da parede, não para com seu tic tac.
 Foi tique taque o dia inteiro, eu nem prestei atenção.
Levou mais vinte e quatro horas de minha vida.
Eu nem percebi, até agora as 02h02min da madrugada do dia 11 de maio.
 A maioria do mundo está dormindo.
Eu estou aqui sozinha, como sempre, tentando entender coisas,
Que não se entendem.
                                            Só eu mesma

Me procuro



Eu me procuro e não me acho.
Porque procuro por algo que não existe?
Não me acho por que penso que sou algo que eu não sou
Só vou me encontrar, apenas quando conseguir entender, que
O que quero ser, não é o que sou.
E o que já fui. Não percebi quando era, então passou e não vi.
Só vou me encontrar, se eu me procurar aqui e agora.
Isso é o que sou, apenas eu.
Com o passado já passado.
Com o presente ainda presente.
E o futuro ainda futuro.



Gritos do mundo



O mundo inteiro grita e eu posso ouvir.
Ás vezes, não sei dizer o que é real ou o que é fruto de minha imaginação.
É um luta diária, para classificar cada som.
Muitos dos sons que ouço, são construídos pela minha mente.
Procuro me manter sempre conectada com a realidade.
Não me deixo levar com as dores da vida.
 Pois elas são as principais responsáveis pela maioria dos gritos.
Na realidade, os gritos existem, mas depende de nós para interpreta-los.
Depende de como nós sentimos no momento.
Nos dias em que me vejo preocupada ou com medo;
Sempre ouço os gritos do mundo.
Hoje, já aprendi a lidar com estes sons.
Por isso estou descrevendo meus pensamentos;
É isso que faço para me manter consciente de que a minha mente, ás vezes me mente.
Sei que tudo isso faz parecer que sou doente da mente, eu não sei se sou.
Só sei que, desde que me tornei mãe, deixei de ouvir só para mim ou por mim.
Só consigo ficar tranquila quando estou junto das minhas meninas.
Bom, agora também tem meninos.
Já deu para entender porque tenho a mente doente.
Doente de amor.                                                   09/04/2012



Razão da minha vida




Não trocaria o prazer de criar vocês por nada.
Tudo que aprendi, tudo que sou, devo a vocês.
Venci tantas barreiras por vocês.
Virei gente de verdade.
Aprendi a ser pai e mãe.
Tive mais que ser homem, que mulher.
Vocês, deram sentido a minha existência.
Eu amei cada dia que vivi com vocês.
Quando fiquei grávida pela primeira vez,
 Eu ainda era muito inocente para ver o mal que os outros viam em mim.
A única coisa que eu queria nesta época, era dignidade.
Não suportava ver as pessoas pensando mal de mim.
Por estar grávida, por não ter um marido.
Tenho consciência de que sempre fiz o possível para não tirar nada de ninguém.
Eu ainda era uma menina, mais fazia questão da minha dignidade.
No dia 07/01/88 ás 11h10min eu dei a luz a um ser de 1kilo e 20 gramas.
Informação que tive, lendo a pulseira que estava em meu braço.
Fiquei louca para te conhecer, mas sentia muita dor, mal podia me mexer.
Comecei achar estranho não te trazerem para mim.
Foi meu primeiro ato como mãe, me levantei com a barriga toda costurada,
Mal podia me mexer, mais eu queria te ver, queria te conhecer.
Já estava achando estranho, por que as outras mães estavam com seus filhos?
Porque eu não estava com meu bebê? Tinha algo errado e ninguém queria me falar.
Comecei a chorar no corredor do hospital, então uma enfermeira me explicou;
Que você era muito pequena e precisava ficar no berçário.
Lembro-me que estava muito fraca, com muita dor.
Apoiando-me no corredor, chorando e dizendo: - "Quero ver meu nenê!"
Alguém me levou até você.
Como um ser tão pequeno, podia me fazer sentir tanto amor?
Não pude te tocar, apenas te olhar.
Tive tanto medo de te perder, você era muito pequenina, muito frágil.
Mas era linda, era minha linda menina.
Ali estava, o início da minha família.
Ali estava o meu inicio.
Hoje, você é tão linda e vai ser mãe;
Vai entender tudo que eu escrevi aqui.
Vai saber como te amo.
Vai entender, como é ouvir a sua voz
Sentir seu olhar, e pedir a Deus, que sempre te abençoe.
Marjorie Jaqueline Santos, foi esse o nome que te dei.
Foi esse o nome que te registrei como minha
Para sempre, minha menina.
Razão da minha vida.

Enide Santos 08/03/12               01h36min.