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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

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05/02/2015

Triste

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Todo o corpo frio

Apenas na face

O sol se poe

Um pouco por vez

 

Rouba o brilho do mar

E nesta forma agora

O vento pode levar

 

Corpo agora vazio

Vestido de tempo

Enroupado de rio

 

Segue seu curso

Rompe seus muros

Deságua seguro

 

Enide Santos 05/02/15

Releitura:

O corpo frio de tristeza e em sua face sente o calor como o do sol em forma de lágrima que por sua vez são gotas como as do mar leves para que o vento possa levar.

Sentimento de perda ainda prossegue, mas agora assume uma postura como a do rio, apenas segue

04/02/2015

E esta fome não sacia

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Sente não ter direito

Ao menos a lagrimejar

Condenando-se pelos erros

Que em sua vida ousa causar.

 

Pobre desamparado

Do amor de si mesmo

Agora esmola a sorte

De um instante de sossego

 

Nas ruas vazias da noite

Busca por sua solidão

Pois em sua cabeça

Sons, ruídos e confusão

 

Pobre desesperado

Que a muitos magoou

Pelas drogas fora condenado

A desistir de seu amor.

 

Perdeu tudo que tinha

Vendeu tudo que conquistou

E esta fome não sacia

Tem piedade, senhor!

 

Enide Santos 04/02/15

27/01/2015

Fim de uma saudade.

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Sangrando e calada

Ao lado, sua mala.

De mãos postas clamando

Gemendo e chorando.

 

Absoluta em antigas horas

Agora, apoia-se ao chão

Insistente implora.

Um tiquinho de compaixão.

 

E no rastro da morte

Dolorosa é sua sorte

Aguardando consumação

Eis ai, uma saudade em vão.

 

Enide Santos 27/01/15

24/01/2015

Pode até gostar

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O pássaro pode não gostar,

do céu que tem para voar.

Pode não gostar,

do som que faz ao cantar.

E voa e canta.

 

A flor pode não gostar

da sua cor ou do solo em que está.

Pode não gostar de o sol a tocar.

de a chuva a molhar.

E perfuma e encanta.

 

A água pode querer aquietar-se.

pode não gostar de espelhar.

Pode ser que não queira se ver

Não queira se exalar se libertar.

Talvez prefira ser contida.

E molha e evapora.

 

Ele pode não gostar dele.

Pode não gostar de forjar dias,

e bramir com noites.

Pode não gostar de rasurar a vida,

Mas mora nela e a edifica.

E dorme e acorda.

 

Enide Santos 25/01/15

Não me impeças de chorar

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Não me impeças de chora

Chorar não é sinônimo de fraqueza

Sinônimo de fraqueza é covardia.

E nesta guerra diária que luto dentro de mim

 

Apenas o choro é meu refúgio

Não me impeças de chorar

Porque tenho a coragem de saber de minhas fraquezas

E que na busca para vencê-las

Danifico parte de minha alma

E só com lágrimas posso purifica-la

 

Nem se atreva a tentar me impedir de chorar

Porque és tu que não suportas

Ser a fonte de este meu prantear.

Não me iniba...

Não me detenhas...

Apenas observe e absorva.

Como uma faz uma fera para se recuperar.

 

Enide Santos 24/01/15

11/01/2015

É preciso aprender ser só

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É preciso aprender

Ser só

Estar só

Não é o que queremos

Não é o que sonhamos

Mas se temos que passar por isso

Então façamos ser da melhor forma possível.

 

Em meus dias de ilha

Em tempos repletos de abismos

Visto a minha fragilidade do avesso

Para que a vida retorne aos meus olhos

Isso com muita sutileza

Para não ferir meu silêncio.

Careço também dele

Mas demarco fronteiras

 

Enclausuro a dor em lembranças.

E na brusquidão destes dias

Dou-me o direito de ser imensidão

Dou-me o direito der ser fenda

Para que escoe de mim

A aversão que sinto pela solidão.

 

Enide Santos 01/01/15

Para: Unknown

Epístola – 20

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São Paulo, 11 de janeiro de 2015.

Fragmentos de mim

A primeira vez que nos possuímos, foi uma experiência incrível.

Incrível mesmo, pois você não sabia, mas estava realizando alguns dos sonhos a muito desejados por mim, é por isso que faço questão que saiba o quanto fora importante.

Desde que nos conhecemos eu percebi que poderia mesmo realizar sonhos.

Poder amar você já era a realização de um sonho.

Descobri que você possui a mesma estatura que o homem dos meus sonhos.

Que os encaixes de seus braços moldam meu corpo com perfeição, idêntica aos dele.

Você exibe o mesmo tom de voz, a mesma textura na pele, o mesmo fascínio em locomover-se, a mesma forma de me olhar, banha meu corpo fitando-me.

O meu lugar preferido de todo o mundo, pertence ao homem dos meus sonhos.

É um lugar aconchegante onde me sinto protegida tanto o corpo como a alma,

e você é portador de algo semelhante.

Ao tocar-te, beijar-te, olhar-te a mesma sensação me toma o ar, igualzinho, igualzinho ao homem do meu sonhar.

Há um oásis em minha realidade que difere o meu desejo de sonhar.

Como pode na realidade não me amar, se em meus sonhos sou eu quem lhe toma o ar?

 

Enide Santos 11/01/15

04/01/2015

Do coração da poesia

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É do coração da poesia

Que ouço os mais belos gritos.

E dos seus segredos

Colho pequenos viscos.

 

Há um oásis no tempo

Em que o verso se cria

E desta fonte de redenção

Despe-se o sentir da emoção

 

Toma-me, ó dor de poesia,

Inflama-me o corpo

Revista-o,

Soterra-o de amor.

 

Debulha este meu sofrer

Deixe-me em teus braços enternecer.

Doa-me seus rios

Infeste em mim seus brios

 

Empresta-me a tua cor

O teu semblante

O teu olor.

Resgata-me desta ilha

 

Regozija o meu falar

Apure o meu paladar.

Deixe o teu coração, ó poesia!

Com o meu orar.

 

Enide Santos 04/01/15

27/12/2014

Foi só o sentimento que vazou

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Desculpe-me...

Por este meu suspiro forte...

Por minha voz embargar...

Por meu corpo tremer...

Minha mão transpirar.

 

Perdoe esta minha saudade,

Que tanta força faz pra te chamar.

Banha-me de silêncio

Para apenas o pensamento exaltar.

 

Absolva este meu desejo veemente

Que por vezes, é vil e imprudente.

Que rasga as paredes de o meu ser

E o teu corpo, o tempo todo quer ter.

 

Atenue, alivie, amenize

Não foi por querer

Foi o sentimento que vazou

Procurando por você.

 

Enide Santos 2712/14

09/12/2014

Peleja com a saudade

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Quase insuportável

Hoje ela esta

Tenta devora-me

Arrisca devorar-se

Ajeita-se

Enfeita-se

E me chama pra peleja.

 

Ah, como é bom confronta-la!

Fazer pilera

De suas mazelas.

E nessa luta

De rusga tão muda

Seu grito em mim é infinito.

 

Ah, esta saudade enfim!

Gosta de se manter assim

Intensa e sádica

Aflorando ate na hora

Que teus braços embrulham-se em mim.

Ah, saudade deixa de munganga,

E vai embora daqui.

 

Enide Santos 03/12/14

05/12/2014

Quando te amo

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Quando falo em você...

Todas as lacunas em minha vida

Tendem a desaparecer

Não me contenho e choro, choro de prazer.

 

Quando penso em você...

Emudeço, cresço,enrijeço.

Sinto-me ser...

O ventre de todo amanhecer.

 

Quando te sonho...

Trago-te em minha pele

E o peso da tua boca

Na realidade é leve.

 

Ah, quando digo o teu nome...!

O ar que vem de mim

Soa como uma oração.

Vem replicando repleto de gratidão.

 

Quando te amo...

Regresso devagar

De onde só se conhece

Amando.

 

Enide Santos 05/12/14

26/11/2014

Apenas eu e você.

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Apenas eu e você,

Nada mais havia

Exceto esta fotografia...

 

No escuro seu contorno me dizia:

Olha em torno sinta esta magia!

E quando não mais juntos estivermos

Guarde na lembrança este momento terno.

Ah! Sua voz estava tão doce e macia

E o teu braço com ternura me envolvia

E com o outro apontava a bela fotografia.

 

Olhe bem para lá,

Lembre-se do brilho de cada lugar

(Piripa, Cordeiro, Condeúba e Jânio)

E quando não for mais este momento

Volte para cá, onde nos dois

Para sempre vamos estar.

 

Guarde na lembrança

Nunca o deixe se esgotar.

Esta é a maneira

De nunca nos separar.

 

O melhor momento de minha vida

Faz-me chorar

Ele aponta para onde jamais quero estar.

 

Enide Santos 26/11/14

A poesia que fala de ti

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A poesia que eu teria pra te dizer

dorme dentro de mim

aconchegada a você.

 

Dela não ouço gritos

sinto alguns toques

pequenos bramidos.

 

A poesia que fala de ti

que exprime meu amor

que traduz o meu sentir.

 

Esta sonhando agora

Aperfeiçoando-se por hora

desejando existir.

 

Enide Santos 26/11/14

22/11/2014

Livre arbítrio

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Como posso ser o que nunca fui?

Descrever o que sentir, sem o ser?

 

Queria eu ser a sensação

Da folha ao tocar no chão.

Também queria ser o chão

E dar-lhe majestosa recepção.

 

O som do trovão queria eu ser

E ecoar mostrando poder

E da noite ser a mão

Para a aurora dar proteção.

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antas e tantas coisas queria eu ser.

Ser o silencio que só no ventre do vento há.

A distância que cada gota na chuva se dá.

Ser o burburinho na vida do ar.

 

Querendo ser sou.

Sou a musica que invento

E digo que quem gosta é o tempo.

Sou a sede da hora

E com ela domo minha história.

 

Sou a morte do grito

O fim de seu rito

Sou a fome a sede da vida

Sou o punho cerrado

Do livre arbítrio.

Eu sou um mito.

 

Sou poeta

E querendo ser

Eu sou.

 

Enide Santos 22/11/14

08/11/2014

Tô capinando a minha sina


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Tô capinando a minha sina,

fazendo nela,

minha obra prima.


 

Tô derribando aqui e ali

Vou abrindo brechas para sair.


 

Tô carpindo esta insígnia

levando dela,

tudo que a abomina.


 

Tô roçando esta ingrata,

ateando fogo nas suas falhas.


 

Tô abatendo este destino

que não me enobrece

e não me define.


 

Aceite desígnio

não guerreie enfim

visto que, sou dona de mim.


 

Enide Santos 08/0/11/14

06/11/2014

De qual lembrança?

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De qual lembrança vem este som,

que não consigo reconhecer?

Remete-me a algo,

outro tempo,

outro espaço.

Não sei qual,

não sei onde.

Sei que saiu do meu corpo,

habito outra dimensão.

 

Lá onde recolho saudades,

e planto gratidão.

Lá posso voar,

dançar como se chuva fosse.

E das lamurias sofridas que ouço,

Faço vento, para planar.

 

Sou pedra,

montanha,

encostas do mar.

Sou lua

Estrada,

E a força de um cantar

Aquele que ouço

Mas não consigo identificar.

 

Enide Santos 07/11/14

21/10/2014

Chove por mim os teus olhos

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Chove por mim os teus olhos

Abusando do instante que te dou

Retrata o teu espírito

E com ele todo teu amor

 

Delineando tua face

Expõe-se a gota da dor

Entoando com arte

Reverencia-se ao observador.

 

O cheiro do teu sentimento

Exibe-se todo enfim

E o gosto de teu pensamento

Impregna-se em mim.

 

Chove por mim os teus olhos

Furtando-me o mundo em que estou

Deixa-me repleto da culpa

Pôr por ti não ter amor.

 

Enide Santos 21/10/14

07/10/2014

Houve uma noite

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Houve uma noite

em que toda a coragem

de mim se apossou.

E em minhas retinas

podia se ver

o mais puro furor.

 

Em mim bradavam-se gritos e gemidos

como os que bradam numa flor.

Vestidos de silencio

mas que o eterno alcançou.

 

E das veias desta minha existência

recolhidas nas essências

o meu ego brotou.

Emergiu-se em fim

se rasgando de mim

o profundo deixou.

 

Houve uma noite

que não mais vou esquecer

Rompeu-se o enigma

de o meu inteiro poder.

 

Houve a noite em que pude me ver.

 

Enide Santos 07/10/14

27/09/2014

Sou portadora da mais insana das almas

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E nos jardins da vida

Onde o tempo faz morada

Caminha minha alma

Insana e ousada

 

Debochada aventureira

Sobre as horas se escancara

Perfuma seus encantos

Com orvalhos da madrugada.

 

Do espírito das coisas

Alimenta seu destino

E se suja dos beijos

Dos pecados clandestinos

 

Dorme com a dor

Com a saudade tem um caso.

Veste-se a rigor

E com a luz da seu recado.

 

Insana pela vida

É a minha alma

Esgarçada ferida

Feliz por ser culpada.

 

Enide Santos 27/09/14

24/09/2014

Sozinha contigo

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Esconda-me em teus braços

Só enquanto este amor me queima.

Mantenha-me em teu olhar

Só pra que eu possa respirar.

Ata-me ao teu coração,

Para que eu não me perca nesta devastação.

Monitore meus sentidos,

Encarecidamente...

Não me deixe sozinha contigo.

Não se vá

Tente ficar

Não durma.

 

Enide Santos 24/09/14