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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

27/12/2014

Foi só o sentimento que vazou

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Desculpe-me...

Por este meu suspiro forte...

Por minha voz embargar...

Por meu corpo tremer...

Minha mão transpirar.

 

Perdoe esta minha saudade,

Que tanta força faz pra te chamar.

Banha-me de silêncio

Para apenas o pensamento exaltar.

 

Absolva este meu desejo veemente

Que por vezes, é vil e imprudente.

Que rasga as paredes de o meu ser

E o teu corpo, o tempo todo quer ter.

 

Atenue, alivie, amenize

Não foi por querer

Foi o sentimento que vazou

Procurando por você.

 

Enide Santos 2712/14

21/12/2014

Meu primeiro refúgio

Feliz aniversário Minha MAMÃE

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Meu primeiro refúgio

Minha perfeita morada

Diante dos teus olhos

Principiei a caminhada

 

Sua voz ainda é música

Ecoa dentro de mim

Ah, minha mãe querida!

Não entendo porque cresci

 

Ainda sinto o murmurar

De a minha infância te chamar

E nas minhas noites de medo...

Sinto teus passos, sua forma de respirar.

 

Vestes tu com elegância

O destino que Deus a encarregou

E como mãe és primorosa

Pra cada filho doou seu calor

 

Por todas as horas de tua vida

Que a minha dedicou

Agradeço-te dama de minha vida

Venero-te com todo meu amor.

 

Minha doce rainha

Meu templo de perfeição

Ampara-me

Proteja-me

Embala-me

Esconda-me no teu ventre

E nunca...

Nunca me abandone

Mãezinha do meu coração.

 

Enide Santos 20/12/14

09/12/2014

Peleja com a saudade

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Quase insuportável

Hoje ela esta

Tenta devora-me

Arrisca devorar-se

Ajeita-se

Enfeita-se

E me chama pra peleja.

 

Ah, como é bom confronta-la!

Fazer pilera

De suas mazelas.

E nessa luta

De rusga tão muda

Seu grito em mim é infinito.

 

Ah, esta saudade enfim!

Gosta de se manter assim

Intensa e sádica

Aflorando ate na hora

Que teus braços embrulham-se em mim.

Ah, saudade deixa de munganga,

E vai embora daqui.

 

Enide Santos 03/12/14

05/12/2014

Quando te amo

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Quando falo em você...

Todas as lacunas em minha vida

Tendem a desaparecer

Não me contenho e choro, choro de prazer.

 

Quando penso em você...

Emudeço, cresço,enrijeço.

Sinto-me ser...

O ventre de todo amanhecer.

 

Quando te sonho...

Trago-te em minha pele

E o peso da tua boca

Na realidade é leve.

 

Ah, quando digo o teu nome...!

O ar que vem de mim

Soa como uma oração.

Vem replicando repleto de gratidão.

 

Quando te amo...

Regresso devagar

De onde só se conhece

Amando.

 

Enide Santos 05/12/14

26/11/2014

Apenas eu e você.

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Apenas eu e você,

Nada mais havia

Exceto esta fotografia...

 

No escuro seu contorno me dizia:

Olha em torno sinta esta magia!

E quando não mais juntos estivermos

Guarde na lembrança este momento terno.

Ah! Sua voz estava tão doce e macia

E o teu braço com ternura me envolvia

E com o outro apontava a bela fotografia.

 

Olhe bem para lá,

Lembre-se do brilho de cada lugar

(Piripa, Cordeiro, Condeúba e Jânio)

E quando não for mais este momento

Volte para cá, onde nos dois

Para sempre vamos estar.

 

Guarde na lembrança

Nunca o deixe se esgotar.

Esta é a maneira

De nunca nos separar.

 

O melhor momento de minha vida

Faz-me chorar

Ele aponta para onde jamais quero estar.

 

Enide Santos 26/11/14

A poesia que fala de ti

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A poesia que eu teria pra te dizer

dorme dentro de mim

aconchegada a você.

 

Dela não ouço gritos

sinto alguns toques

pequenos bramidos.

 

A poesia que fala de ti

que exprime meu amor

que traduz o meu sentir.

 

Esta sonhando agora

Aperfeiçoando-se por hora

desejando existir.

 

Enide Santos 26/11/14

22/11/2014

Livre arbítrio

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Como posso ser o que nunca fui?

Descrever o que sentir, sem o ser?

 

Queria eu ser a sensação

Da folha ao tocar no chão.

Também queria ser o chão

E dar-lhe majestosa recepção.

 

O som do trovão queria eu ser

E ecoar mostrando poder

E da noite ser a mão

Para a aurora dar proteção.

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antas e tantas coisas queria eu ser.

Ser o silencio que só no ventre do vento há.

A distância que cada gota na chuva se dá.

Ser o burburinho na vida do ar.

 

Querendo ser sou.

Sou a musica que invento

E digo que quem gosta é o tempo.

Sou a sede da hora

E com ela domo minha história.

 

Sou a morte do grito

O fim de seu rito

Sou a fome a sede da vida

Sou o punho cerrado

Do livre arbítrio.

Eu sou um mito.

 

Sou poeta

E querendo ser

Eu sou.

 

Enide Santos 22/11/14

08/11/2014

Tô capinando a minha sina


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Tô capinando a minha sina,

fazendo nela,

minha obra prima.


 

Tô derribando aqui e ali

Vou abrindo brechas para sair.


 

Tô carpindo esta insígnia

levando dela,

tudo que a abomina.


 

Tô roçando esta ingrata,

ateando fogo nas suas falhas.


 

Tô abatendo este destino

que não me enobrece

e não me define.


 

Aceite desígnio

não guerreie enfim

visto que, sou dona de mim.


 

Enide Santos 08/0/11/14

06/11/2014

De qual lembrança?

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De qual lembrança vem este som,

que não consigo reconhecer?

Remete-me a algo,

outro tempo,

outro espaço.

Não sei qual,

não sei onde.

Sei que saiu do meu corpo,

habito outra dimensão.

 

Lá onde recolho saudades,

e planto gratidão.

Lá posso voar,

dançar como se chuva fosse.

E das lamurias sofridas que ouço,

Faço vento, para planar.

 

Sou pedra,

montanha,

encostas do mar.

Sou lua

Estrada,

E a força de um cantar

Aquele que ouço

Mas não consigo identificar.

 

Enide Santos 07/11/14

29/10/2014

Eu e meus quarenta e seis anos.

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Nossa!

O que me segura ainda aqui nesta vida?

Eu descobri que posso criar sonhos.

Que posso ter uma plantação infinita deles.

Sei que se depois que eu fizer de tudo para realizar qualquer um deles não der certo, eu tenho muitos e muitos outros.

Não somente para mim, mas para outras pessoas que queiram uma semente.

Isso me fornece vida, me fornece o desejo de seguir em frente, sem ter a obrigação de nunca desistir de um sonho, sei que pode parecer errado dizer isso, pois quase todas as pessoas que conheço aconselham-me ao contrario, para que eu nunca desista dos meus sonhos. Se ele estiver me matando ao invés de me dar vida, sinto muito, tenho outros sonhos pra realizar.

Bom, eu faço assim e gosto disso, pois tenho sempre alguma atividade, umas vão bem outras nem tanto, e assim vou me alimentando desta vida.

Vou provando sabores diferentes de sonhos diferentes, não sei para onde e nem para que.

Sei que quero mesmo é viver.

E como esta sede de vida faz muito bem para mim eu adoraria que outras pessoas pudessem entender que não há necessidade de ficarmos presos a nenhum paradigma.

Nós fazemos os nossos dias e usamos os nossos sentimentos e também usamos o nosso coração, plantando nele bons sonhos não apenas para nós, mas para as pessoas que nós cercam vivemos melhor quando conseguimos fazer com que a nossa parte boa supere a nossa parte não tão boa assim.

O sentimento de dignidade é impagável é o melhor de todos eles, a meu ver.

Quando você é digno com você

Digno com o outro

Digno com Deus.

Nada supera, nem mesmo o amor.

Está sou eu agora com quarenta e seis anos, apaixonada pela vida, pela poesia

Pelos meus familiares e amigos pelo e De que é a minha luz.

Tudo isso sendo guiada pelas mãos de Deus.

Obrigada sempre a cada um que faz parte de minha vida, que durante este ano encheram minha vida de muitas alegrias e de muitas palavras de carinho e amor eu adoraria poder citar o nome de cada um tanto em casa como no face e também nos sites onde levo minhas letras. Eu sou pequena, mas o meu Deus é grande e pode levar a cada um sonho realizável.

Obrigada e felicidades a todos por tudo.

 

Enide Santos 30/10/14

21/10/2014

Chove por mim os teus olhos

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Chove por mim os teus olhos

Abusando do instante que te dou

Retrata o teu espírito

E com ele todo teu amor

 

Delineando tua face

Expõe-se a gota da dor

Entoando com arte

Reverencia-se ao observador.

 

O cheiro do teu sentimento

Exibe-se todo enfim

E o gosto de teu pensamento

Impregna-se em mim.

 

Chove por mim os teus olhos

Furtando-me o mundo em que estou

Deixa-me repleto da culpa

Pôr por ti não ter amor.

 

Enide Santos 21/10/14

07/10/2014

Houve uma noite

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Houve uma noite

em que toda a coragem

de mim se apossou.

E em minhas retinas

podia se ver

o mais puro furor.

 

Em mim bradavam-se gritos e gemidos

como os que bradam numa flor.

Vestidos de silencio

mas que o eterno alcançou.

 

E das veias desta minha existência

recolhidas nas essências

o meu ego brotou.

Emergiu-se em fim

se rasgando de mim

o profundo deixou.

 

Houve uma noite

que não mais vou esquecer

Rompeu-se o enigma

de o meu inteiro poder.

 

Houve a noite em que pude me ver.

 

Enide Santos 07/10/14

27/09/2014

Sou portadora da mais insana das almas

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E nos jardins da vida

Onde o tempo faz morada

Caminha minha alma

Insana e ousada

 

Debochada aventureira

Sobre as horas se escancara

Perfuma seus encantos

Com orvalhos da madrugada.

 

Do espírito das coisas

Alimenta seu destino

E se suja dos beijos

Dos pecados clandestinos

 

Dorme com a dor

Com a saudade tem um caso.

Veste-se a rigor

E com a luz da seu recado.

 

Insana pela vida

É a minha alma

Esgarçada ferida

Feliz por ser culpada.

 

Enide Santos 27/09/14

24/09/2014

Sozinha contigo

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Esconda-me em teus braços

Só enquanto este amor me queima.

Mantenha-me em teu olhar

Só pra que eu possa respirar.

Ata-me ao teu coração,

Para que eu não me perca nesta devastação.

Monitore meus sentidos,

Encarecidamente...

Não me deixe sozinha contigo.

Não se vá

Tente ficar

Não durma.

 

Enide Santos 24/09/14

21/09/2014

Epístola- 19

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Fragmentos de mim

 

Regressando do amor...

Uma bagagem pesada repleta de dores e de saudades, farto de emoções e ilusões.

Dormi tantos dias com teu amor aquietado ao meu coração.

E em tantos outros quando acordava, sorria, sabia que era por você que aflorava a minha paixão, e ao me deparar com o dia em que todas suas horas estão vagas de ti.

Ah! Meu Deus talvez fosse mais fácil apenas dormir e dormir.

Agora a noite repousa em meu peito, dosa de instantes vagos os meus sonhos.

Resta-me acolher as dores das lembranças e das saudades que hão de perdurar sem pedir licença.Tenho agora a sensação do nada e poder do tudo ao meu dispor.

Mas estou frágil demais até mesmo para chorar porque sinto pesar por você não ver as minhas lágrimas, por não presenciar toda intensidade do que elas realmente significam, a elas não são dadas o devido valor. (Parece que o mar verte de mim).

Tenho que arrancar as raízes que estão presas a minha alma, sem ter o direito de fraquejar, e tenho a obrigação de aceitar que você simplesmente se vá.

Está intacto em mim o amor.

E nada mais sou agora que um vândalo exterminador.

Eu era amor e paixão

Agora sou aniquilação.

Recolho-me ao silêncio que se faz em mim.

E por todas as outras forças da natureza permaneço.

Hoje quando acordo ainda me vejo, ainda sou eu sem ti

Sou eu com todas as outras coisas do mundo que não substituem você.

Mas sou eu com todas as outras coisas regressando do amor.

 

Enide Santos 21/09/14

19/09/2014

Qual a melhor cor?

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Qual a melhor cor,

Para hoje, vestir a minha alma?

Qual o melhor tom,

Para que possa traduzir a minha talha?

 

De onde posso extrair a melhor impressão

para fundi-la à minha paixão?

Que aparência deve ter,

O exímio momento quando penso em você?

 

Como colorir,

Cada emoção?

Como matizar,

Cada sensação?

 

Que coloração deve alcançar,

O contentamento de poder te amar?

Que tonalidade tiro de mim,

Quando tudo que almejo emana de ti?

 

Como maquilar minh’alma,

no exato tom

Que somente a ti retrate?

 

Enide Santos 19/09/14

18/09/2014

Adoeceu a noite

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Adoeceu a noite

preocupada a madrugada

recusa-se a se ir

prostra-se ao leito

e as trevas tenta persuadir

 

Assobiando uma cantiga

quer o amanhecer adormecer

leve, lenta e nua

sopra a alvorada

seu clamor em formosura.

 

Denotando soberba

rabisca o céu o alvorecer

de sua paleta extrai a cura

que sana o anoitecer.

 

Enide Santos 19/09/14

02/09/2014

Nos jardins da saudade

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Nos jardins da saudade

Colho pequenas flores de morte

Pequenos ramos de sorte

Por meio das folhas sagradas do amor

Entendo que sou eu, o lavrador.

 

Aqui, os ventos são plantados no chão,

Coloridos e assobiam uma canção.

São as flores do sol que exalam

O mais tênue perfume

 

E os brotos de noite

Lagrimam ritmos da primavera.

A classe dos sonhos

Embalam toda a atmosfera

 

Nos jardins da saudade

As ruas são feitas de pó

Tem veredas de dar dó

E a flor do mundo

Move-se em segredo

Recriando segundos

Com seus pequeninos dedos.

 

Aqui nos jardins da saudade

Há flores de todas as estações

Feitas de sombras e de ilusões

Bebem-se pequenos goles de felicidade

E fica-se longe da flor da realidade.

 

Enide Santos 02/09/14

28/08/2014

Lado a lado

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Nada que faço

Afasta de você

Este comiseração de outra querer.

 

Dou-te todo meu amor,

Ah, mas infelizmente.

Ela eu não sou!

 

Nada que faço

Consegue substituir

O sentimento que te faz existir.

 

Chega a ser pecado

Nos dois sofrendo

Lado a lado.

 

Enide Santos

16/08/2014

No vinculo da vida com a morte

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No vinculo da vida com a morte estou

Plena de ser e de poder

Dou-me o luxo de deixar acontecer.

 

Eu sou o medo da morte

Sou o sonho da vida

Sou o gosto da água

O sabor da salina

 

Eu sou o som que faz o rio

Entregando-se ao mar

Sou o coito das ondas

Que vive a terra molestar

 

Sou o cálido calor

Que se derrama do sol no ar

Sou a escura silhueta

Que define o luar

 

Sou a viagem dos sonhos

No momento de acordar

Eu sou a vida da morte.

Seu direito de ceifar.

 

Enide Santos 17/08/14

Desenhar pedacinhos de amanhã.

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Vamos libertar as palavras ancoradas no medo.

Criar partituras sem código, sem segredo.

E sobre seu corpo faremos poesia.

Sobre sua pele desenharemos alegria.

 

Vamos pintar no amanhã,

Confortos para cada hora.

Vestir-nos da força,

Que faz nascer à aurora.

 

Não é preciso ferir o hoje,

Com o punhal da vingança.

Agoniza-se já o agora,

E para o amanhã a esperança se aflora.

 

Vamos fazer flores de arvores perdidas.

Vamos gritar por cima da vida.

Vamos desnudar o nosso interior.

Vamos seguir o que nós ensinou,

O nosso Senhor

 

Vamos...?

Nós temos a tinta,

Nos, somos a tinta.

 

O nosso irmão,

É o nosso talismã.

É o papel do nosso amanhã.

 

Enide Santos 31/07/14

08/08/2014

Nada me aptece mais que morrer

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Nada me apetece mais que morrer.

Morrer...

Morrer de você.

Não vejo a vida

Não vejo flores

Não sei da luz

Não entendo o mar

Não uso o ar

Não vejo nada

 

Apenas sinto e sinto...

Sinto cor

Cor de pele

Cor de olhar

Cor de cabelo

Rubores de amar.


Nada me apetece mais que morrer.

 Morrer de você.

Ah, expirar instante por instante!

Ah, perder-me tantas e tantas vezes,

Sem querer me encontrar!

Ah! Deixe-me morrer,

Fenecer de tanto te amar.

 

Enide Santos 07/08/14

04/08/2014

Mãos que choram

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São as mãos quem guardam

o semblante da dor.

Envolvendo a face

Subordinando-se

ao mais profundo clamor.

 

São as mãos quem amparam

gota a gota a dor.

Afastando as lágrimas que nascem

como quem destrói o pavor.

 

São a mãos que anseiam

Atracar-se com a dor.

E unidas conclamam

misericórdia ao Senhor.

 

Enide Santos 05/08/14

03/08/2014

Preenchida

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Quero encher minhas mãos de você,

E ao mesmo tempo...

Quero minha boca cheia de você.

Simultaneamente...

Quero meu sexo cheio de você.

Também quero...

Minha vida cheinha de você.

 

Enide Santos 03/08/14

31/07/2014

O mundo é um canto sem lugar

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O mundo é um canto sem lugar,

Instala em si, alegrias, e tristezas tenta mudar.

Perde-se entre amores, e sonhos tema em si dar.

Enrola-se todo, tentado se encontrar.

Mundo, mundo...

Canto sem lugar.

 

Camufla-se em sombras,

E o coito das horas tenta mudar.

E planta-se em uma árvore,

E no voo dos pássaros, tenta se fundar.

Mundo, mundo...

Quina sem lugar.

 

No voo dos pássaros,

No banho que se dá o mar.

Abre e fecha portas, dorme e acorda,

Mas não encontra seu lugar.

Ah! Mundo, mundo...

Orbe sem lugar.

 

Caminho sem estrada.

Estrada sem luar,

E no som do vento,

Tenta se acoitar.

Mundo, mundo...

Lugar sem mundo

Mundo sem lugar.

 

Enide Santos 31/07/14

29/07/2014

Passageiro do nada

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Picotou-me o coração a vida.

E para sempre me quer assim.

Faz-me sentir não credora de mim.

Culpa-me por respirar,

E por não valorizar este ato de amar.

 

Rapinou-me a mente a morte,

Sem traumas me parou.

Debruçou-se sobre mim

E as chamas da vida,

Uma a uma de mim arrebatou.

 

Desfez-se de mim o tempo,

Que nem para a morte

Nem para a vida me entregou.

E sobre meu corpo, vivo morto.

O tempo se largou.

 

Enide Santos 30/10/14

27/07/2014

Túmulo do dia

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Cada noite é cada noite,

Uma a outra não tem.

Entrega-se ao dia

Enaltecendo-o, já que vem.

 

Agora, quase morta,

Ela ainda vem tatear.

Uma nesga de vida

Do dia tenta libar.

 

Quase, quase sem vida,

Ainda tenta imigrar.

Suspiros para o amanhecer,

Ainda lhe resta conceber.

 

Da sombra és a dona.

Do pecado és a redoma.

Da luz és a conclusão

Do dia és a anunciação.

 

Enide Santos 27/07/14

18/07/2014

Longe de mim, fenecer sem você.

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Não me eximirei de um instante.

Não desviarei um centímetro.

Não me moverei para lado algum.

Não farei esforço nenhum para esquecer-te.

Nada farei para eliminar esta dor que reside em mim.

É tudo que posso ter de você,

Tudo que tenho são minhas lembranças,

Sei que elas me fazem sofrer.

Ah! Mas, se eu não as tenho, de que vou viver?

Ou, o que de mim posso fazer?

Sei, sou negligente comigo mesma,

Não me importo se sou.

Sei que de mim ninguém,

Jamais tirara este amor.

Longe de mim, fenecer sem você.

 

Enide Santos 18/07/14

14/07/2014

Amor até o fim

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Ah, amor!

As estrelas já não me querem mais acalentar.

Já não me doam mais seu brilho.

Já não de ti me querem falar.

 

Ah, amor!

Porque até mesmo a distância

Já não me pode suportar.

Eu a atormento demais com meu lamento.

 

Ah, amor!

Ainda me resta tanto caminho

Para seguir sem teu amor.

Vou caminha-lo

E a cada passo.

Vou lamenta-lo.

E quando o fim chegar

Ainda vou te amar.

 

Enide Santos 14/07/14

10/07/2014

Epístola-18

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Fragmentos de mim

 

Ah, amor arranca de mim esta vida inútil,

Apenas me serve para chorar tua falta!

Ter que viver sem você é mesmo uma tortura.

Tenho que dormir e acordar, dormir e acordar.

Nada tem sentido, tudo é visco.

Nem meus lamentos chegam até você

Nem de minha dor você pode saber.

Ah, que vontade eu tenho de morrer!

Estou cansada de fingir alegria,

de me mostrar satisfeita por tudo que tenho.

Eu não tenho você.

Nunca posso estar com você.

Só sei da dor que sinto e tenho que fingir não sentir.

Ás vezes meu peito doe de tanto engolir o choro.

Não consigo aceitar, que esperei tanto tempo pra te conhecer,

Demorei uma vida toda para te encontrar,

E tenho que abrir mão deste amor.

Não sinto vontade de seguir em frente,

Já sabendo que não há nada mais lá.

Tudo que preciso tudo que quero esta com você, esta em você

Meu Deus como eu te amo!

Meu Deus como isso doe!

Que vontade tenho de arrancar de mim está vida.

Ai que saudade!

Ai que necessidade tenho de estar com você!

Desculpe-me as palavras pessimistas.

Não preciso fingir pra você e também não quero fazer isso.

Hoje estou fraca demais para fingir,

não se preocupe é apenas uma forma de buscar forças uma forma de desabafo.

Perdoe-me por amar você tanto e ter que dizer-lhe estas coisas.

Eu não sei até onde tudo isso vai.

Eu não sei.

Desculpe-me te amar tanto.

 

Enide Santos 10/07/14

09/07/2014

Dia do dia

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Queima a boca da noite

e vem da profundeza da terra.

Como tempestades de auroras

trazendo com sigo fulgurantes horas.

 

Com ele todos os seus sons,

gritos, ruídos e tons.

É do entrelaçar de seu tempo,

que a terra subsiste a contento.

 

O vale já doou suas sombras,

o céu gota a gota as toma.

É o alvorecer dançando a musica,

que faz a noite retroceder.

 

Vem, ele vem buscando ser sentido,

querendo ser no tempo repetido.

Como cada um de nós, bem assim,

ele não quer ver o seu fim.

 

Enide Santos 09/07/14

03/07/2014

Dona dor

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Então ela retorna

Novamente aflora

Tão grande foi

que ainda há eco sobre eco.

 

Ela regressa

como que quem é bem vinda,

chega se instala

e reflete a minha sina.

 

Dar-me a conhecer

o sonho de minha face

pois nela não posso reter

o sorriso que me apraze.

 

Densa e cretina

fornica com minha vida.

Expande as feridas

demonstrando-se infinda.

 

Então ela retorna

como a dona do poder.

Não se lembra do obvio

O amor tem mais poder.

 

Enide Santos 03/07/14

02/07/2014

Epístola - 17

epistola

Fragmentos de mim

 

Eu te amo com toda a força de minha vida.

Eu te amo muito, não sei por que, não sei até quando só sei que amo.

Não sei o que faço sozinha aqui com todos estes sentimentos,

com todos estes ecos de palavras ditas apenas pelos pensamentos.

Não sei o que faço com está saudade que nunca se acaba.

Com este silêncio que chora, que lê, vive e quer morrer.

Já acordo sepultando vontades, derramado dentro do peito coragens.

Eu te sinto tão triste, mudo, submisso. E nada sei fazer para cuidar de você.

Fico quieta, calada tentando ser ao menos algum tipo de amparo caso você queira.

Por aqui as coisas não são fáceis também...

As coisas vão acontecendo eu vou levando-as, mas com você sempre aqui junto comigo o tempo todo, sonhos e mais sonhos, coisas que tenho para te dizer, coisas que queria dividir com você, mas digo para o tempo, falo sozinha como se alienada eu fosse.

Eu não sei o que acontece ai, sei que você demonstra que é preciso estar ai e que nunca vai poder estar aqui.

Eu só tenho duas escolhas:

Estar sem você ou ficar sem você.

Só te sonho quando você quer ser sonhado, nunca quando eu quero sonhar.

Eu vou estar aqui

Eu vou ficar aqui.

Amor meu.

 

Enide Santos 03/07/14

01/07/2014

Provando você

provando você

Hum!

Para começar

só com olhar.

Cada cantinho

vou espreitar.

 

Os lábios...

agora vou umedecer.

Pois o seu gostinho

Já vou absorver.

 

Gosto

de pele suada

Textura

de derme arrepiada

Até o som

é de enlouquecer.

Quando eu arranco

este gosto de você.

 

Humm! Só provando.

 

Enide Santos 01/07/14

29/06/2014

Coração empunhado

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Não há lágrimas que aniquilem

as magoas do desamor.

Porém acariciam a face

Serenando seu furor.

 

A paixão não da trégua

Grita, se esmera por mim.

É como um vício latente

mas que do fundo, quer emergir.

 

Com coração empunhado

sinto seu úmido calor.

Do pulsar agudo e fecundo

vaza-se mensagens de amor.

 

Abatida e desbotada

veste a dor, a sua cor.

Ainda geme em segredo

confortando “eu” o sofredor.

 

Enide Santos 29/06/14

23/06/2014

Eu sou poeta

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Momento de plena felicidade

É quando me sinto poeta.

Eu sou poeta.

Eu sou poeta.

Eu sou poeta.

E é a melhor coisa que sou, sendo para mim...

Não para ninguém, mas para mim.

Ser ou não boa poeta,

Isso fica para o amanhã.

Hoje EU SOU POETA.

Eu teço versos... Com meus sentimentos.

Roubo do ar... Momentos.

Solvo das pedras... Sentimentos.

Descubro paixão... Disfarçada de escuridão.

Eu sou poeta, que ri enquanto chora.

Que renasce a cada aurora.

Que risca em si a fonte de seu existir.

Eu fui poeta sem saber

Eu sou poeta por querer

E serei poeta depois que morrer.

 

Enide Santos 23/06/14

21/06/2014

Agora dói

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Agora dói acordar.

A razão pra me vivificar

Já não posso mais alcançar.

 

Abandono-me ás recordações.

Descuido-me das emoções

Penetro-me em pensamentos.

 

Agora dói respirar.

O ar que me visita,

Agora sai, como que pra te buscar.

 

Soluços, lágrimas, gemidos,

nada consome a dor

que me impõe este castigo.

 

Agora dói continuar.

É mesmo uma penitencia

Tentar deixar de te amar.

 

Enide Santos 22/06/14

Rua

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Rua...

Timidamente

embrulha-se de luar

Está guardando-se dos sons

que os ébrios ousam tocar

 

Logradouro...

Não conhece o mar

porque fica do lado de cá.

Mas envolve-se na areia

que vento tema em lhe dar.

 

Alameda...

Parque, praça, jardim.

Guardadora de passos

Ladra de sonhos

Acolhedora do abandono.

 

Enide Santos 21/06/14

13/06/2014

Epístola-16

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Fragmentos de mim


 

E as mãos dos sonhos ainda me roçam a pele.


Amparou-me com sua existência, ocupou meus pensamentos por muitas e muitas horas. Realizou sonhos meus e muitos outros me ofereceu.

Deu-me sonhos sim, e para realiza-los impregnou-me de vida.

Seu amor ensinou-me a não temer a saudade a não fugir dela, fez-me paciente e terna com minhas nostalgias, seu amor ajudou-me a saborear

cada fragmento do meu amar. Posso sentir o melhor de você em mim.


Hoje habitam sonhos e saudades nas lágrimas vivas que agora morrem de mim. Aprendi a andar no tempo, idas e voltas há lugares que somente meu pensamento é capaz de alcançar. As horas passam como tem que passar como sempre passaram, e eu? Prossigo sozinha dividindo minha vida com alguém muito mais frágil que eu, alguém que tenho que proteger a todo custo e a todo o momento, alguém de quem depende tudo que sou de onde emana a minha seiva.


Ah! Mas a minha solidão já não é mais a mesma, ela pressente um riso a vagar, sabe que por trás daquelas lágrimas está você e tudo que a tua presença deixou, agora a minha solidão é feita de recordação, cometida de espera e instigada por tão intenso amor.

Em muitos dos caminhos em mim, até mesmo desconhecidos por mim, você chegou, deixou marcas vivas que se rebelam exigindo tua presença.


Já me sangram as mãos, de tanto segurar as rédeas desta paixão.


Mas às horas vão devorando os meus sonhos e me vejo só, tendo que por fim em tudo menos em mim.


 

Enide Santos 14/06/14

12/06/2014

Use os meus beijos

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Use os meus beijos,

para se satisfazer.

Cada um com um sabor

todos dedicados a você.

 

Use os meus beijos,

abundantemente quentes,

Deliciosamente ardentes,

para encharcar-te de prazer.

 

Use-os molhados,

Utilize-os dedicados.

Busque novas texturas,

Aproveite-os com gula.

 

São nos meus beijos,

que encontrara,

toda a minha “fúria “

em possuir você.

 

Enide Santos 13/06/14

11/06/2014

Findou-se o sonho

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Não posso mesmo ter você.

Todos os sentidos estão mudos,

e aéreos ao meu ser.

 

É o fim de você em mim.

É chegada a hora,

de adeus ter que dizer.

 

As lágrimas já cheiram a tristeza,

da dor de te perder.

Então findou-se o sonho.

 

Não há mais nada...

Apenas o som do reboliço

que faz o amor para não deixar de existir.

 

Não posso mais ter este amor em mim,

É mesmo chegado o fim.

 

Enide Santos 11/06/14

28/05/2014

Sonho em flor

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Neste acúmulo de noites vazias e gritantes,

Só me restam as dores desta vida pedante.

Neste eco envolvente de sentirem e pedires;

 

Há um calabouço, fétido e escuro,

Negro como a dor do fim do mundo.

É lá, onde habita o mais profano sentir;

 

E a passos largos, vou me despindo de mim.

Vou me envolvendo neste mundo moribundo.

E dos seus fungos, e dos seus humos,

Farei brotar o meu mundo.

 

Enide Santos 28/05/14

26/05/2014

Face a face

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Encontrei-me perdida dentro de mim

Mágoas e feridas todas eu bani

Quem mais pode cuidar de mim, que não eu?

 

Descobri-me sofrida, sim!

Porém viva e querendo viver.

Não recuei.

Forjei meu escudo, lutei.

 

A vida se move dentro de mim

E em forma de rosa

Face a face

Ofertei-a pra mim.

 

Enide Santos 04/02/14

Que te custas, amor?

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Que te custas, amor?

Dar-me um pouco as tuas mãos;

Para acariciar-me a face, os cabelos e o coração.

 

Que te custas, amor?

Deixar-me deitar em teu peito;

Fazer do teu colo um leito;

E roubar de te, um pouco de cheiro.

 

Que te custas, amor?

Acalmar um tiquinho minha vida;

Soprar um bocadinho as feridas;

Fazer fugir este choro, este som de consumação.

 

Que te custas, amor?

Deixar pesar em minha tua boca;

Deixa-me roçar em ti, como louca;

Para acalmar está minha paixão.

 

Enide Santos 27/05/14

21/05/2014

Pernas ofegantes?

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Faça-te dono,

Sirva-se de meu ardor.

Não haverá dano,

basta devorar com amor.

 

Venha, traga-me este corpo,

que tanto me excita.

Ah, até perco o pudor!

Só em pensar na tua... Barriga.

 

Escorre de mim

Tanto e todo meu desejo.

Vem amor...

Reproduzir os meus beijos.

 

Pernas ofegantes?

Não, talvez não seja assim!

Devem ser os beijos,

que abriram-se pra ti!

 

Enide Santos 21/05/14

20/05/2014

Só sonhando

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Só mais um sonho

Um sonho delirante

É um mundo diferente,

no mundo que estou

 

Vejo tudo que quero de perto

Tem cheiro, tem sexo.

Solta gemidos de amor.

Tem pele, tem calor.

 

Busca minha boca,

me induz a flutuar.

E dá-me de presente,

sua sede de amar.

 

Ah, Meu sonho!

como é difícil acordar.

Fico aqui neste abandono,

Almejando te sonhar.

 

Enide Santos 20/04/14

19/05/2014

Viver para esquecer

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A primeira coisa que tenho a esquecer,

É está de vida,

De ter vida com você.

 

Outra coisa que também tenho pra esquecer,

Nesta coisa de vida, de você ser minha vida,

E sem você não poder viver.

 

Muita coisas terei a esquecer,

Esquecer que na vida que levo,

Levo a morte da vida que gostaria de ter.

 

A vida que em minha vida nasceu

Hoje não é mais minha vida,

Por isso em mim a vida morreu.

 

Enide Santos 19/05/14

16/05/2014

Humanamente ridícula


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Beijar o vento,

Jogar ao ar pensamento.


 

Sorrir de uma doce lembrança,

Enquanto que no rosto, a lágrima descansa.


 

Correr para os braços da solidão.

Para não dividir uma triste recordação.


 

Olhos parado vendo outro lugar,

Desejando  neste tocar.


 

Suspirar… suspirar apaixonado,

Procurando o perfume do amado.


 

Planejar e replanejar

Exatamente tudo que tem pra falar


 

O lugar mais próximo de você que posso estar,

É aqui...

Dentro de mim.


 

Enide Santos 16/05/14

11/05/2014

Fósseis de sonhos

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O eco que ouço da minha dor,

(re) bate nas paredes deste infindo vazio,

E por vezes deixa-me insana.

 

Prostro-me imóvel e ciente de;

Não poder tocar,

Não poder realizar,

E nem ao menos sonhar.

 

São fósseis dos grandes sonhos,

Caminhos do qual,

(in) voluntariamente desviei-me.

 

Posso sentir-me desaparecendo aos poucos.

Presa em cada devaneio desfeito,

Sequelas adornam minha alma.

 

E tento regurgitar-me de mim.

Neste instante, nada, nada sou.

Apenas um corpo, procurando por amor.

 

Enide Santos 11/05/14

09/05/2014

Baila meu corpo

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Bailar meu corpo,

amparado por tuas mãos.

Soltando soluços,

de pura satisfação

 

Move meu corpo,

impregnado de excitação.

Lançando odores,

de silenciosa ebulição.

 

Suga meu corpo,

deixa fluir,

goles saborosos

tome de mim.

 

Enide Santos 09/05/14