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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

18/02/2014

Chuva de amor

Poema de C. Meirelles

Hoje choveu...

Inéditas palavras de amor

Incomparáveis sons de felicidades

Resmungos de desejos e saudades

 

Choveram ditos

Com ritmos de rara beleza

Uns, com forças

Outros, com sutilezas

 

Hoje, choveu.

Fiquei toda molhada

Vibrante...!

Intensamente ensopada

Delirante...!

Intimamente alagada

Resfolegante...!

 

Choveu em minha vida.

Balbucios de fetiches

Cochichos com requintes

de insanidade e ardor.

Me afogando

 

Oh, chuva bendita!

Me afoga

Chuva esta, que me excita

Me devora

Chuva feita de amor.

 

Enide Santos 17/02/14