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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

10/12/2013

Ruídos perdidos

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Bendito cada instante

que a vida nós oferta

Inclusive os sutis sons

que dela nós desperta

 

É o sofrer da dor

que nos impede de ouvir

o som delirante

de a lágrima ao cair.

 

Tão intrigantes sons

fabricam ás pétalas.

Vislumbrando exibir-se

por décadas e décadas

 

As folhas adormecidas

inebriadas da cantiga

dos sons camuflados

nos orvalhos gelados

 

Ruídos perdidos

Burburinhos escondidos

Rumores enfunados

nos calados olhos do coração.

 

Enide Santo 10/12/13