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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

20/10/2013

Caça(dor)a

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Tão só esta minha solidão

É uma paisagem sem emoção

Até se existe sem amor

mas não há, como durar sem amar

 

Caçadora...

 

Alegra-se ao ouvir gemidos

dança ao som de gritos

Tão só esta minha solidão

que quer de qualquer forma se ferir

 

E toda faceira desliza-se, pé ante pé

pela escuras ruas do nada

Sorrateiramente invade o vazio

em busca de dor

 

Caçadora...

 

Caça e não espera por perdão

Tão só esta minha solidão

que rompe velhas cicatrizes

É nos braços do (des) amor

que sacia toda sua dor.

 

Enide Santos 20/10/13