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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

18/09/2013

Guerra

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A poesia de Deus agora sangra.

Por falta de tolerância do ser humano.

A música da morte faz silêncio

Faz entende tudo sem nada dizer.

 

Marcas de pelejas

Onde agora restam...!

Relatos...!

 

Relatos de sofrimentos inimagináveis

Descritos de forma profunda

Tão profunda quanto ainda viver.

 

Nesta série de crueldades...

Correr e chorar...

Nada mais há!

 

Não, não há lugar para esconder...

A dor...

O medo

Tanto desespero

Tanto pavor

 

Não adianta correr

Esta em todo parte

Não tem onde se ocultar

E em minha face

Sempre permanecerá

 

O passado leva apenas o que ele quer

Ele não encontra a minha dor

De tão profunda que ficou

 

Enide Santos 16/09/13