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Quem sou eu?

Na verdade, não sei muito bem quem sou.

Sei que sou o que sinto, do tamanho do que sinto.

Sinto-me viver vidas alheias.

Sinto as dores de quem nem está sentindo, mas eu sinto.

Sou o correr de uma lágrima, antes mesmo de chorar.

Sou um aglomerado de emoções.

Sou lamentos dos meus sofrimentos.

Sou pensamentos e pensamentos.

Sou reflexo das minhas atitudes.

Sou momento.

Sou o esquecer e o lembrar.

Sou a indagação da vida, sou ferida.

Sou o defender, o acusar.

Sou o conhecer do eu diferente.

Sou valente.

Eu sou transformação.

Sou a pessoa mais solitária do mundo,

Mas que nunca fica sozinha.

Sou a pessoa mais forte do mundo.

Mas que está sempre com medo.

Sou o exaltar das minhas realizações.

Sou mãe, sou filha, sou avó.

Sou o encontro de mim, comigo mesmo.

Sou o que sou, me orgulho muito de tudo que sou.

Enide Santos

19/01/2013

Gritos em mim















Ás vezes a poesia grita
Grita gritos sem sentido
Como se gritasse comigo
Acreditando ter seu abrigo

Exige-me a ambição de aprender
Designa o sonho de escrever
Implanta em mim o desejo de entender
Suaviza-se ao descrever

Às vezes a poesia fala comigo
Fala palavras sem sentido
Com rimas em bramidos
Fazendo de mim teu jazigo. 
Enide Santos 17/01/01/13